Jornal O Poder

Um dos principais pontos turísticos de Pernambuco, a praia de Porto de Galinhas esteve irreconhecível ontem, um dia após a morte de uma criança de seis anos ter acontecido na comunidade Salinas, enquanto policiais do BOPE procuravam por um suspeito de envolvimento com tráfico de drogas.

Em forma de protesto, moradores do local iniciaram um ato fechando as vias de acesso. O comércio e restaurantes também estão sem funcionar por ordem dos traficantes e a previsão é de que esse mesmo cenário se estenda por três dias.

Não existiu, até agora, qualquer reação das forças estaduais de segurança para garantir a reabertura do comércio e restaurantes, fundamentais para a temporada turística. Milhares de turistas que estão hospedados na região estão impossibilitados de circular pela cidade com receio de confrontos entre a polícia e os bandidos.

A programação social do evento nacional de procuradores, realizada em Porto de Galinhas, foi cancelada. O evento contaria com uma fala de abertura do governador do Estado, Paulo Câmara. Os organizadores decidiram suspender o programado diante do clima de insegurança. A Polícia Militar não ofereceu garantias de segurança para os procuradores nem para o governador.

Os atos de protestos tiveram início na manhã de ontem, perto das 9h, com a população local fechando as vias de acesso a Porto de Galinhas. Pneus, móveis, emborrachados e troncos de árvores foram usados para bloquear a passagem de transportes.