Como mudar o mundo – Eric Hobsbawm
Em um mundo que passa por uma crise econômica e algumas rachaduras no capitalismo, o historiador Eric Hobsbawm, um dos maiores defensores do socialismo, apresenta uma série de ensaios autorais sobre o marxismo, escritos ao longo dos últimos 50 anos, constituindo um importante material de reflexão sobre os séculos XIX e XX. Mais do que isso, o autor tenta montar alguma base do que podemos esperar do tempo em que vivemos, mesmo que de forma abstrata.
Com um título sugestivo, espera-se que “Como mudar o mundo – Marx e o Marxismo“, (assim mesmo, sem nenhuma interrogação, mas sim uma afirmação, soando até mesmo como um manual), apresentaria respostas ou palpites sobre a situação econômica atual e rumos a serem trilhados, mas os leitores que se aventurarem por esse material encontrarão, assim como na própria história que vai além dos livros didáticos, mais incertezas do que respostas. O título vem do questionamento essencial para a mudança, como sugere o próprio autor: ”Não podemos prever as soluções dos problemas com que se defronta o mundo no século 21, mas quem quiser solucioná-los deverá fazer as perguntas de Marx, mesmo que não queira aceitar as respostas dadas por seus vários discípulos”.
Outra expectativa a ser quebrada, é a busca por textos claros e explicativos sobre o socialismo e suas várias vertentes políticas. Nesse quesito, o livro praticamente não traz contribuição, pois trata-se muito mais de uma reflexão do que informação de forma direta. Já no próprio prefácio, o autor alerta que a maioria dos capítulos é dirigida a um público que possue um interesse maior pelo Marxismo, além de curiosidade.
A ideia proposta, em teoria, pelo autor, é tentar analisar o marxismo como teoria sem associá-lo a modelos práticos que puderam ser eventualmente distorcidos de sua essência. Digo “em teoria” por dois motivos: Primeiramente, porque é difícil analisar Marx sem esbarrar em suas aplicações históricas, mesmo que equivocadas. É algo que vai além das páginas do livro e está na nossa própria memória coletiva; Em segundo lugar, porque acredito que esta já é uma opção com algum direcionamento político. O autor reserva, por exemplo, vagos momentos ao citar Trotsky e Lênin, o que é, de certo modo, ignorar uma grande contribuição do marxismo colocado em prática, além de tratar o stalinismo como um exemplo de regime socialista, mesmo reconhecendo que ele é uma má memória para as pessoas. Além disso, ele elege Gramsci em posição de destaque.
Com tudo isso, o foco histórico dos ensaios de Hobsbawm não são os regimes que viveram o socialismo ou se posicionar a favor ou contra, mas sim mostrar os motivos que levaram a sociedade a se afastar e aproximar do socialismo em diferentes pontos da história, além de perceber como o pensamento marxista se aplica à memória, desejos e vontades da sociedade, e como ele é uma corrente fundamental de pensamento para desencadear vários fatos nesses anos. O fato é que O capital é “quase profético” em diversos pontos, ao falar sobre uma crise econômica e uma situação onde poucos possuem muitos bens e dinheiro. Marx, quando morreu, pouco veria as contribuições políticas e históricas que os seus ideais causaram no mundo.
Título original: How to change the world
Tradução: Donaldson M. Garschagen
Páginas: 424
Fonte: Ingrid Coelho do blog Meia Palavra
Após 32 anos, Thereza e Fernando Collor se unem por eleição em AL
Por Carlos Madeiro, do UOL – Mais de 30 anos após o impeachment da Presidência da República, Fernando Collor de Mello e a ex-cunhada Thereza Collor esqueceram as mágoas e participaram, juntos, de um ato de campanha eleitoral em Maceió na noite desta quinta-feira (3).
Os dois estavam juntos em uma carreata do candidato Fernando Collor, que apesar do mesmo nome, é sobrinho do ex-presidente e filho do casal Pedro e Thereza Collor.
Thereza e Fernando estavam afastados desde 1992 quando Pedro, irmão do ex-presidente e com quem Thereza era casada, fez denúncias que resultaram no processo de impeachment de Collor.
Sem mandato pela primeira vez em uma eleição desde 2007, Collor entrou, na reta final, na campanha do sobrinho, que usa e abusa da imagem do tio.
Na carroceria de uma camionete, os três percorreram o bairro do Vergel do Lago, onde historicamente Collor tinha uma das maiores votações.
Foi no local que Collor ergueu, enquanto governador, o Papódromo, um local feito exclusivamente para receber o papa João Paulo 2º em Maceió, em 1991.
O locutor do ato, a todo instante, falava que ali era “Collor candidato a vereador”, sem especificar que se tratava de um sobrinho.
Em entrevista à coluna, em agosto, Fernando (o sobrinho) explicou que a escolha do nome político veio porque “sempre foi conhecido como Fernando Collor”. “É um nome que carrega história e propósito. Meu tio, Fernando Collor, sempre foi uma inspiração”, diz. Porém, na disputa anterior, para vice-prefeito de Atalaia (AL), em 2012, usou o nome Fernando Lyra.
Quem é Thereza
Thereza teve um papel importante à época ao apoiar as denúncias que o marido fez contra o irmão. Seu destaque na mídia gerou até um apelido de “musa do impeachment.”
Pedro Collor morreu em 1994. Após isso, Thereza chegou a ser secretária de Turismo de Alagoas entre 1995 e 1998 e foi candidata a deputada federal em 2018 pelo PSDB (recebeu 9.064 votos, mas não foi eleita).
Em 2018, Thereza chegou a divulgar nota repudiando o apoio do PSDB ao ex-presidente —que se lançou, mas renunciou pouco depois, ao governo de Alagoas.
“É muito triste para mim, que cortei da própria carne para combater esquemas nefastos para o Brasil, ver meu próprio partido, ao qual estou filiada há 20 anos, se aliar regionalmente à esta candidatura ao governo de Alagoas”, disse ela.
Em janeiro, a coluna contou que Thereza e os dois filhos de Pedro Collor pediram à Justiça de Alagoas que o empresário deixe de ser considerado sócio das empresas da família, a OAM (Organização Arnon de Mello), administradas por Collor.
O objetivo é evitar que a herança deixada por Pedro a Thereza Collor e seus filhos seja usada para pagar dívidas milionárias do grupo de comunicação.
Herdeira de metade dos bens do marido, Thereza alega ter feito o acordo por saber que Pedro e Fernando tinham uma relação ruim. Os desentendimentos entre eles culminaram com o impeachment do então presidente, em 1992. No STF, porém, Collor foi absolvido por falta de provas, em 2014.
É histórico: não existe um bom entendimento familiar entre Thereza e os sócios; no caso, hoje, o Fernando Collor, que é majoritário.
Lindonice de Brito, advogada de Thereza, em janeiro de 2024.
“Só me declarei culpado de ter feito jornalismo”, ressalva Julian Assange
Deu na Folha
AFP e Reuters
O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, afirmou nesta terça-feira (1º), em pronunciamento ao Conselho da Europa, que foi libertado apenas depois de se declarar “culpado de fazer jornalismo”. Esta foi sua primeira fala pública desde sua libertação em junho, após cumprir pena em uma prisão no Reino Unido. “Não estou livre hoje porque o sistema funcionou, mas sim porque, após anos de encarceramento, me declarei culpado de ter feito jornalismo”, disse Assange, que passou os últimos 14 anos recluso entre a Embaixada do Equador em Londres e a prisão britânica. “Escolhi a liberdade em vez de uma justiça irrealizável.”
Assange, 53 anos, quebrou o silêncio pela primeira vez desde sua saída em junho da prisão londrina de Belmarsh, perante uma comissão do Conselho da Europa em Estrasburgo, no nordeste da França, que examina as condições e o impacto de sua detenção.
LEI DA ESPIONAGEM – Em 2010, o WikiLeaks divulgou centenas de documentos militares secretos dos Estados Unidos sobre as guerras de Washington no Afeganistão e no Iraque —as maiores violações de segurança desse tipo na história militar dos EUA. Assange foi acusado anos depois sob a Lei de Espionagem.
Sua libertação ocorreu em virtude de um acordo com a Justiça americana, no qual se declarou culpado de obter e divulgar informações sobre defesa nacional, incluindo relatos de assassinatos extrajudiciais e informações sobre aliados.
“Declarei-me culpado de buscar informações de uma fonte e declarei-me culpado de informar o público sobre a natureza dessas informações. Não me declarei culpado de nenhuma outra acusação”, disse nesta terça o australiano.
DIZER A VERDADE – Libertado, Assange voltou à Austrália e reencontrou sua família. Desde então, não tem sido visto muito em público, embora o WikiLeaks e sua mulher Stella (com quem ele se casou na prisão), que o acompanha em seu testemunho, já tenham fornecido algumas informações sobre ele.
Assange disse esperar que seu testemunho possa “ajudar aqueles cujos casos são menos visíveis, mas são igualmente vulneráveis” e declarou que existe cada vez “mais impunidade, mais sigilo, mais represálias” contra aqueles que dizem “a verdade”.
O australiano diz não estar totalmente preparado para falar sobre seu período de encarceramento. “O isolamento teve seu preço, o qual estou tentando desfazer”.
PRESO POLÍTICO – O Conselho da Europa é uma organização de 46 países não vinculada à União Europeia e dedicada a promover os direitos humanos naquele continente.
A Assembleia Parlamentar do órgão debateu nesta quarta (2) um relatório, elaborado pela islandesa Thorhildur Sunna Aevarsdottir, que considera “desproporcionadas as ações judiciais e condenações” contra o australiano, a quem qualifica como “preso político”.
Este documento é também a base de um projeto de resolução que incentiva os EUA a “investigar os supostos crimes de guerra e violações de direitos humanos revelados por ele e pelo WikiLeaks”.
OBTER INDULTO – O momento e o local escolhidos por Assange para falar em público surpreenderam pelo fato de ele estar numa tentativa de obter o indulto presidencial nos Estados Unidos por sua condenação sob a Lei de Espionagem.
O presidente americano, Joe Biden, que provavelmente concederá alguns indultos antes de deixar o cargo em janeiro, qualificou no passado o australiano como um “terrorista de alta tecnologia”.
Assange foi preso na Grã-Bretanha em 2010 por um mandado europeu após acusações de crimes sexuais na Suécia, que foram retiradas. Refugiou-se na Embaixada do Equador em Londres por sete anos para evitar extradição. Em 2019, foi removido da representação diplomática e levado para a prisão de Belmarsh por violação de fiança.
Crime organizado, caixa 2 e porrada são os grandes marcos desta eleição
Bruno Boghossian
Folha
Aconteceu em Alagoas. Uma semana antes do primeiro turno, um juiz eleitoral mandou suspender a campanha no município de Taquarana. Ele relatou “agressividade exagerada”, “denúncias de perseguições” e “uso de arma de fogo” na disputa. Proibiu carreatas, passeatas e comícios. Pediu o reforço de tropas federais e determinou: ninguém poderá comemorar o resultado da votação em locais públicos.
Nos gabinetes da Justiça Eleitoral, muita gente acreditou que a inteligência artificial seria o maior desafio desta campanha. Mas uma boa parte da política do país está mais próxima de tempos medievais do que de qualquer revolução tecnológica.
CRIME & POLÍTICA – As disputas deste ano provaram a presença escancarada do crime organizado na política dos municípios. A corrupção e o dinheiro vivo viraram parte da paisagem. O jogo baixo e a porradaria se tornaram armas comuns na campanha. Em Taquarana, aliados de um candidato desfilaram com a foto do rival pregada num caixão, de acordo com o UOL. Do outro lado, um militante avisou aos adversários que era hora de “apanhar e ficar calado”.
O tráfico, as milícias e o garimpo ilegal abraçam a atividade política como parte dos negócios. Lançam candidatos próprios e patrocinam outros nomes para controlar contratos, aprovar leis de seu interesse e acumular poder. As ferramentas das quadrilhas são conhecidas: assassinatos, ameaças, bloqueio de territórios e coação de eleitores.
DINHEIRO VOANDO – Bolos de dinheiro viajam em porta-malas para abastecer o caixa dois das campanhas ou simplesmente para comprar votos. Às vezes, a grana voa pelos ares. Em Coari (AM) um candidato foi detido depois de fazer uma chuva de dinheiro em praça pública. A lei e as restrições ao financiamento de campanhas não assustam tanta gente. Prisões são tratadas como efeitos colaterais.
A corrida pelo comando da maior cidade do país ficou marcada por uma cadeirada e um soco na cara. Seriam só asteriscos pitorescos se o eleitor pudesse ter a certeza de que o próximo prefeito terá um programa para resolver o transporte público cruel, o ar irrespirável, a degradação apavorante de bairros inteiros e outras tragédias urbanas.
Eleições mostra que Lula e Bolsonaro são menos influentes do que pensam
William Waack
Estadão
O primeiro turno da eleição municipal paulistana traz um problema para Lula e Bolsonaro, os donos das duas grandes bolhas. Eles parecem menos influentes do que se supunha. O cenário mais provável de um segundo turno continua sendo o da polarização “normal” da política brasileira (é considerada pequena a probabilidade de que o candidato da esquerda não chegue lá). Ainda assim permanecerá a sensação de desgaste das duas figuras.
A decadência de Lula é mais evidente até mesmo na sua disposição física de encarar campanhas eleitorais domésticas, diante de um mundo lá fora a ser salvo por ele. A questão central para o petista, porém, é o notável enfado que causam suas ideias antigas e seu apego a um passado que existiu sobretudo na sua própria cabeça.
E BOLSONARO? – Bem, o desgaste de Bolsonaro é produzido não só pela perspectiva de longas batalhas jurídicas morro acima sem chances de se tornar elegível (talvez escape da cadeia). Ele deixou de ser uma “novidade” na vitrine das surpresas políticas e sua notória dificuldade de se concentrar em eixos claros de atuação política diminuíram consideravelmente sua capacidade de ungir candidatos.
É bastante óbvio que políticos disputando eleições ainda têm de se referir de uma forma ou outra aos donos das grandes bolhas. Mas é muito mais pelo “constrangimento” que tanto Lula quanto Bolsonaro ainda têm capacidade de criar.
Reza a doutrina que “toda política é local”, o que parece ter menos validade quando é imenso o número de eleitores (como São Paulo) e são muito complexos os fatores econômicos e sociais, que refletem e influenciam condições “nacionais”. Nesse sentido, as eleições municipais paulistanas são preocupantes para Lula e Bolsonaro.
GRAU DE DISSOLUÇÃO – Elas sugerem algum grau de dissolução da calcificação das bolhas descritas por analistas e acadêmicos, e calçadas em convincente material empírico. O mais explícito foi o racha na bolha da “direita”, onde ficou claro que Bolsonaro não foi capaz de consagrar um sucessor inconteste. Mas também na esquerda, com o candidato em São Paulo se esforçando para atingir um eleitorado além do tradicional reduto petista, Lula tem se mostrado incapaz.
Há alguns padrões “novos” incorporados na luta política que nem Lula ou Bolsonaro estão sendo capazes de “conduzir”. Em parte são valores como empreendedorismo ou religião, que as estratégias políticas de esquerda têm dificuldades de entender e atingir.
Em parte são uma busca por sentido e direção, no campo de centro direita, que não se enxerga no bolsonarismo ou mesmo o repele abertamente. É muito difícil prever como esses padrões impactarão as eleições de 2026, mas o que acontece em São Paulo indica que serão diferentes do que se pensava ainda no ano passado.
Com investimento de mais de R$ 1,9 milhão, governadora Raquel Lyra entrega novo tomógrafo ao Hospital Dom Helder Câmara
Principal serviço de emergência do Litoral Sul do Estado, o Hospital Dom Helder Câmara, localizado no município de Cabo de Santo Agostinho, recebeu um novo tomógrafo. O equipamento foi entregue, nesta quinta-feira (3), pela governadora Raquel Lyra e sua vice, Priscila Krause. Ao todo, foram investidos mais de R$ 1,9 milhão no serviço, que irá funcionar 24h por dia, com capacidade de ofertar uma média de 750 exames por mês.
Ao chegar na unidade, a gestora conversou com profissionais e descerrou a placa inaugural. “Entregamos um tomógrafo novo para o Hospital Dom Hélder Câmara. Anteriormente, os pacientes precisavam se deslocar para ter acesso a um exame que é tão essencial. Agora, aqueles que precisarem farão seus exames no próprio hospital, agilizando o atendimento e garantindo a melhora da assistência à saúde. Em breve, iremos entregar novos equipamentos de imagem para outros hospitais de Pernambuco”, destacou Raquel Lyra.
O aporte de R$ 1,9 milhão inclui aquisição do equipamento, mobiliário e reformas na estrutura física do setor. Cerca de 50 profissionais atuam nessa parte do hospital, incluindo médicos radiologistas, técnicos de radiologia, enfermeiros, técnicos de enfermagem e maqueiros, além da equipe de apoio administrativo.
“Esse é mais um investimento que vai beneficiar diretamente os usuários do Sistema Único de Saúde em Pernambuco. O tomógrafo permitirá que o Hospital Dom Helder aumente a assertividade e eficiência do diagnóstico, possa acelerar a realização de procedimentos cirúrgicos e, consequentemente, a alta hospitalar”, explicou a secretária estadual de Saúde, Zilda Cavalcanti.
A diretora-geral do HDH, Roberta Monteiro, comemorou a conquista. “Essa é uma grande conquista para o Hospital Dom Helder e para os usuários aqui assistidos. Este novo equipamento de ponta nos permitirá ampliar o cuidado centrado do paciente. Nosso antigo tomógrafo tinha apenas dois canais, enquanto esse conta com 64, o que nos garante não só resultados mais rápidos e com melhores imagens, mas nos permite realizar uma gama de exames muito mais complexos e de forma mais segura”, explicou.
Gerido pela Fundação Gestão Hospitalar Martiniano Fernandes – FGH e beneficiando aproximadamente 1,2 milhão de pessoas de 10 municípios da Região Metropolitana do Recife e da Mata Sul, o HDH realiza consultas, internações, procedimentos de diagnóstico (laboratório e radiologia) e atendimentos de urgência e emergência nas especialidades de Clínica Médica e Vascular, Cardiologia Clínica e Cirúrgica e Traumato ortopedia para pacientes adultos.
A liberdade de imprensa é um pilar inquestionável da democracia
A liberdade de imprensa é um dos pilares fundamentais de qualquer sociedade democrática. Ela não apenas garante o direito à informação, mas também assegura que os cidadãos possam participar ativamente das decisões que impactam o seu cotidiano, especialmente em períodos eleitorais. A imprensa livre atua como um contrapeso ao poder, investigando, divulgando e questionando ações públicas, garantindo a transparência.
No entanto, essa liberdade vem sendo alvo de decisões judiciais que colocam em risco sua plena atuação. A mais recente envolve a determinação do juiz Marcelo Mazzali, da Justiça Eleitoral do Paraná, que ordenou a remoção de notícias publicadas pelo jornal Plural, relacionadas ao candidato Eduardo Pimentel (PSD), em Curitiba. Tal decisão gerou grande repercussão, culminando em uma firme resposta da Associação Nacional de Jornais (ANJ).
A ANJ, em sua nota oficial, repudiou a censura imposta à imprensa, apontando que tal prática é frontalmente contrária à Constituição Brasileira, que proíbe qualquer tipo de restrição à liberdade de expressão e informação. A entidade defende que, em uma democracia sólida, o papel do jornalismo é imprescindível, e qualquer tentativa de censura não só enfraquece esse princípio como também desrespeita o direito do público de ser informado.
Em um momento tão delicado como o período eleitoral, garantir o acesso livre à informação é essencial. Qualquer tentativa de cerceamento é uma ameaça não apenas à imprensa, mas à própria democracia. Juízes e autoridades devem garantir que esse direito seja respeitado, sem exceções.
Segue abaixo a nota de repúdio oficial da Associação Nacional de Jornais (ANJ):
NOTA DE REPÚDIO
A Associação Nacional de Jornais (ANJ) considera que atenta frontalmente contra a liberdade de imprensa a decisão do juiz Marcelo Mazzali, da Justiça eleitoral do Paraná, que determinou a remoção de notícias publicadas pelo jornal Plural relacionadas ao candidato Eduardo Pimentel (PSD), em Curitiba.
A ANJ observa que a censura não é admitida pela Constituição brasileira e espera a revisão da decisão para que informações de caráter jornalístico possam voltar a circular em um ambiente de liberdade, como deve ser o caso em uma democracia.
Brasília, 03 de outubro de 2024.
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE JORNAIS (ANJ)
Antônio Campos aponta 11 motivos para a cassação do registro de Mirella
Com a palavra o candidato do PRTB: “A Coligação Muda Olinda com Inovação tem feito uma campanha propositiva, mas não pode deixar de fazer graves denúncias do uso da máquina em favor de Mirella, que quebram a paridade de armas e viciam o pleito em Olinda. Somos a verdadeira oposição que combate na política e no Judiciário os desmandos da gestão Lupércio/Mirella, que passou de todos os limites do uso da máquina eleitoral, que temos o dever de denunciar e cobrar ações enérgicas das autoridades constituídas”, afirma Campos.
Ações Eleitorais em curso contra o Prefeito Lupércio e Mirella Almeida sobre o uso da máquina ou propaganda irregular
1. Ação da multa de Mirella -. 0600001-07.2024.6.17.0100 – TSE confirma multa em Mirella por propaganda extemporânea. Primeira candidata em Olinda a ser multada. Utilização de brinde/camisas aos guias de turismo da cidade, com grande repercussão visual, na pré-campanha.
2. AIJE Mirella – 060016-52.2024.6.17.0010, Ação de investigação judicial eleitoral sobre os fatos que ocasionaram a multa – em andamento e aguardando decisão.
Os fatos que ocasionaram a multa, camisas da ACNO, com o nome Mirella, representam também o abuso de poder político e econômico e conduta vedada.
3. AIJE de Maura – 0600021-74.2024.6.17.0010 – prazo para defesa.
O uso da máquina pública por uma reeducanda, com cargo na Prefeitura, usando serviços da máquina pública para angariar votos para Mirella Almeida, com conhecimento desta ante postagem no grupo de Whatsapp, que foi apagado, mas guardamos prints.
4. AIJE de Churro – 0600022-59.2024.6.17.0010 – concluso para decisão
Ações em Tabajara na Prefeitura a favor da candidatura do candidato a vereador Churro e da candidata Mirella Almeida.
Indícios do mesmo ser laranja do Prefeito.
Lupércio chegou a calçar duas partes de ruas em Paulista, sabendo, para beneficiar a candidatura de Mirella/Churro, com provas na ação.
5. AIJE de Russo – 0600025-14.2024.6.17.0010- concluso para decisão.
A utilização indevida de reeducandos , que se não obedecerem são desligados do programa de reeducando, a favor da candidatura de Mirella.
O caso de Russo , Welligton Paulino Cavalcanti , é um caso especial, ante a ligação dele diretamente com Mirella/Lúpercio.
É sabido que os reeducandos trabalham, a maioria na limpeza urbana, de segunda a sábado. Houve um pedido de liberação da tornozeleira de Russo e ele foi visto em carreata de Mirella, em um domingo, inclusive cumprimentando Mirella/Lupércio, que o conhecem e sabem que ele é reeducando e nada fazem, quando era pra eles determinarem as providências cabíveis para o cumprimento da lei. Russo era para estar em casa ou no trabalho.
6. Ação Turismo (Aiane Siqueira) – 0600151-64.2024.6.17.0010. Em tramitação. A gestora da Secretaria do Turismo, Aiane Siqueira, foi flagrada coordenando um grupo de militantes, vinculados a seu setor, fazendo propaganda para Mirella dentro e fora do expediente.
7. Ação Lupércio, ordens de serviços seguidas de visitas de Mirella, 0600320- 51.2024.6.17.0010
O Prefeito faz ordens de serviço anunciando obras, em seguida a candidata visita, caracterizando abuso de poder político, abuso de poder econômico e conduta vedada, desequilibrando a eleição. Tais fatos são gravíssimos e amplamente documentados.
Continua fazendo as inaugurações.
8. Ação de investigação judicial eleitoral sob fortes indícios de que a Prefeitura de Olinda está pagando combustível da candidatura de Mirella, processo de n° 0600324-88.2024.6.17.0010.
9. Ação de investigação eleitoral que a propaganda eleitoral impressa ou em bandeiras, na cidade, ultrapassa o valor arrecadado por Mirella oficialmente, 0600326-58.2024.6.17.0010.
10. Ação de investigação eleitoral por uso da máquina, assédio eleitoral, obrigando terceirizados e comissionados fazerem propaganda para Mirella. Comunicamos também ao Ministério Público do Trabalho e a Polícia Federal, 0600325-73.2024.6.17.0010.
11. Ação de investigação eleitoral por uso da máquina, 0600078-62.2024.6.17.0117, Showmício. Foi deferida liminar para envio de observador eleitoral e a campanha da candidata Mirella fez o showmício, que já foi juntado aos autos. Descumpriu mais uma vez a lei.
“Esses são 11 motivos e ações, entre outras, para suspender ou cassar o registro de Mirella, ante graves abusos do uso da máquina realizados.
Você viu alguma outra Coligação dita supostamente de oposição denunciar o uso da máquina? Somente a Coligação Muda Olinda com Inovação é oposição de verdade e tem coragem para mudar Olinda”, afirma Antônio campos