Medidas de distanciamento podem parecer ‘drásticas’, mas são a única opção contra a Covid-19, alerta Organização Pan-Americana da Saúde

Opas defendeu o isolamento social voluntário ou obrigatório como a principal medida para deter o novo coronavírus na América Latina.

A diretora da Organização Pan -Americana da Saúde (Opas), Carissa F. Etienne, analisou nesta terça-feira (31) as medidas tomadas pelos países da América Latina para deter a rápida transmissão da Covid-19. Ela fez um alerta ao países para que mantenham medidas de distanciamento social.

“A pandemia nas Américas vai aumentar e piorar, assim como vimos acontecer em outras regiões do mundo”, disse a diretora da Opas.

A organização informou que está realizando reuniões constantemente com os governos para fortalecer medidas de proteção a saúde pública. E recomendou medidas como o distanciamento social para evitar o crescimento rápido do número de casos na América Latina e um possível esgotamento do sistema público de saúde.

“Os países precisam fazer investimentos domésticos agora para fortalecer seus sistemas e serviços de saúde, construindo sistemas de saúde resistentes, adaptativos e responsivos, com capacidade de detectar, responder e aumentar a capacidade de lidar com a ameaça”.

Carissa reforçou a importância de uma liderança política que compreenda a necessidade de lidar com a crise do novo coronavírus adotando o isolamento social.

“Não existe evidências sólidas sobre tratamentos eficazes e nenhuma vacina disponível. O distanciamento social e outras medidas são nossa melhor aposta para evitar consequências mais graves da pandemia nas Américas”. Ela recomendou que reuniões em massa devem ser canceladas, escolas e empresas fechadas.

“Essas medidas devem ser voluntárias ou legalmente obrigatórias para que as pessoas fiquem em casa. Tais medidas podem parecer drásticas – mas são a única maneira de impedir que os hospitais sejam sobrecarregados por muitas pessoas doentes em pouco tempo.”

Jarbas Barbosa, vice diretor da Opas, ressaltou a necessidade realizar testes em massa para interromper a rápida propagação do vírus. Segundo ele, a organização já forneceu cerca de 100 mil equipamentos para a realização de testes na América Latina e no Caribe.

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