No jogo da sucessão presidencial mas ainda aliado do PT que ele quer fora do Planalto, o governador Eduardo Campos (PSB) reclama agilidade no combate aos efeitos da seca.
Durante reunião de governadores da região em Fortaleza (CE), com a presença da presidente Dilma Roussef, chamou a atenção para a necessidade de se garantir obras de infraestrutura e políticas publicas para o convívio com a estiagem.
“Estamos vivendo o repique da seca. Acabou o período chuvoso de uma grande parte do semiárido nordestino. Vamos entrar numa jornada de verão com os reservatórios com pouca água, sem uma perspectiva de um bom inverno na outra parte do semiárido”, disse.
“Tudo isso vai exigir obras emergenciais e um olhar estratégico sobre o futuro, sobre como nós vamos recompor essa economia que foi devastada por essa seca”, completou.
Mas, questionado se notou avanços desde o último encontro da Sudene, também realizado entre governadores da região no mês de novembro, em Salvador, na Bahia, Campos disse que “as propostas continuam as mesmas, o que avançou mesmo foi a seca”.
Para Eduardo é preciso ter clareza de que o processo da recomposição da economia tem que ser pensado desde já.
“A seca esteve na zona rural com grande gravidade e agora vários governadores estão dizendo que várias cidades estão ficando num colapso absoluto. Isso vai exigir obras emergenciais, com um fluxo diferenciado de recursos”, observou.
Ele disse que se referia a cidades de 20 mil, 30 mil e até 80 mil habitantes, que correm o risco de ficar sem nenhuma fonte de abastecimento de água.
“É preciso desburocratizar, para que se efetive as obras e se garanta a travessia até que os reservatórios sejam repostos”, sugeriu.
fonte:diariopernambuco