Procurador-geral da Venezuela classificou medida como um ‘ato circense’
“Esta sala do Supremo Tribunal de Justiça declara procedente a solicitação à medida cautelar de privação de liberdade contra o presidente Nicolás Maduro”, aponta a decisão lida em Bogotá. Os juízes citaram supostos vínculos de Maduro com o escândalo de corrupção da construtora Odebrecht.
Os magistrados foram destituídos de suas funções em agosto do ano passado pela Assembleia Constituinte da Venezuela. Eles estão exilados na Colômbia, no Panamá, no Chile e nos EUA.
O Supremo continua seus trabalhos no exílio e pediu que a Interpol, a polícia internacional, seja notificada de sua decisão “para proceder com a captura de Nicolás Maduro”.
A medida foi classificada pelo procurador-geral da Venezuela e líder do governo, Tarek William Saab, como um “ato circense” que humilha o exercício do direito.
O Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela é reconhecido pelo Parlamento Europeu e pela Organização de Estados Americanos (OEA). Em publicação no Twitter, após a declaração do Supremo, o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, afirmou que “os responsáveis pela crise humanitária, política, social e econômica na Venezuela devem prestar contas”.