Fiesp faz indireta a Bolsonaro, ao exigir que candidatos se comprometam com democracia

Fiesp alerta para os efeitos nefastos do aumento de ICMS em SP – Ipesi

Retrocesso democrático preocupa a classe empresarial

Deu no g1

Em documento destinado aos candidatos a presidente da República, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) aponta que “a estabilidade democrática e o respeito ao estado de direito são condições indispensáveis para o Brasil superar os seus principais desafios”.

“Dentre todos os elementos de segurança jurídica, ressaltam-se, com maior ênfase, o compromisso com a democracia, o estado de direito e a solidariedade social, as principais vítimas das crises econômicas e institucionais”, diz trecho do documento.

MUITAS SUGESTÕES – Batizado de ‘Diretrizes prioritárias – governo federal 2023-2026’, ele apresenta sugestões para os presidenciáveis.

O documento, que trata de também de outras áreas, foi divulgado após o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, ter feito uma apresentação a embaixadores para repetir acusações e atacar, sem provas, o sistema eleitoral brasileiro. O presidente também ataca frequentemente ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Nesta quarta-feira (21), Ciro Gomes (PDT) recebeu o documento e falou com empresários na sede da entidade, em São Paulo. Lula vai participar dia 9 do encontro com os empresários. Bolsonaro ainda não confirmou presença.

OUTROS PONTOS – Entre as demais diretrizes definidas pela organização está a necessidade de que o governo federal feche parcerias público-privadas (conhecidas como PPPs) para serviços públicos. Citam como possíveis áreas para os acordos saneamento básico e construção de moradias.

“Com intuito de melhorar a qualidade da oferta de serviços públicos, o Governo Federal deveria instituir programas de Parcerias Público-Privadas (PPPs)”, diz o trecho, que consta no item “infraestrutura” do documento.

Além das PPPs para habitação, a entidade diz que é necessário “criar uma política de aluguel social como alternativa às políticas de financiamento da compra de imóveis e adequar a curva de subsídios em função da renda da população”.

PARA A ECONOMIA – Em relação à economia, a Fiesp defende que exista uma reforma administrativa. O tema é a primeira proposta listada, seguida pela manutenção do câmbio flutuante, aprimoramento do regime de meta da inflação.

O investimento aparece através do BNDES, banco que, para a entidade, deve ter agenda de investimento com redução do custo e melhora do crédito para as empresas.

Há o pedido para a desoneração plena das exportações e para que o governo federal defina a política de comércio exterior de forma coordenada com o setor privado.