Fundaj celebra ‘As 7 vidas de Edson Nery da Fonseca’

Haverá na programação concertos musicais, depoimentos e exposição fotográfica, trazendo os gatos, uma das paixões do bibliotecário

Gatos eram uma das paixões do homenageado. (Gata Maria)
Gatos eram uma das paixões do homenageado. (Gata Maria) – Foto: Malu Didier/Divulgação
Nesta segunda-feira (6), às 18h, a Fundaj faz homenagem ao escritor e bibliotecário Edson Nery da Fonseca (1921—2014) com a exposição “As 7 vidas de Edson Nery da Fonseca”.A montagem ocupa o Ateliê Arte Machê Café, mesmo número 90 onde Edson viveu. Haverá na programação concertos musicais, depoimentos e exposição fotográfica, trazendo os gatos, uma das paixões do bibliotecário.

A casa do homenageado, localizada na Rua do São Bento n° 90, em Olinda, já foi um paraíso para os felinos. Eram mais de 1.800 enfeites sobre o tema. Mais de 50 deles viviam por lá, com destaque especial para Daminha, Rosinha, Chiquinha, Princesa e Fernando.

Concertos musicais, depoimentos e exposição fotográfica integram a programação que traz os gatos, uma das paixões do bibliotecário, em comemoração ao seu centenário

“É com alegria que a Fundaj celebra o centenário desse grande documentarista, bibliotecário, escritor e amigo Edson Nery da Fonseca. A Fundação foi sua casa e lhe deve essa justa homenagem”, ressalta o presidente da Fundaj, Antônio Campos.

O bibliotecário revelou o motivo da paixão por bichanos em uma de suas últimas entrevistas, à revista Piauí.“Minha mãe gostava de gatos e ela morreu muito jovem, com 52 anos. Dias depois a gata dela, Catuxa, morreu de desgosto. Achei muito leal”, assinalou.

Nos Anos 1960, quando ele se mudou para integrar o corpo docente da Universidade de Brasília (UnB), adotou o primeiro gato por conta de ratos no imóvel onde morava sozinho.. De certo, a espécie foi testemunha das façanhas e versatilidade deste pernambucano do Recife. “Homenagear Edson é homenagear todos os gatos do mundo”, aferiu o antropólogo Antonio Motta.

Gata RabiolaRabiola. Foto: Malu Didier/Divulgação

“As setes vidas se manifestam nas sete faces de um autor devoto do catolicismo, de Gilberto Freyre, da literatura, das bibliotecas e da poesia. Não menos na virtude com que exerceu a docência universitária e a administração pública”, aponta o diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), da Fundaj, Mario Helio, que divide a curadoria com a jornalista Karla Veloso.

Entre algumas realizações de Edson Nery estão a fundação do primeiro curso de Biblioteconomia do Nordeste e reformou as bibliotecas da Faculdade de Direito e da Escola de Engenharia. Autor de “Introdução à Biblioteconomia” (Briquet de Lemos, 2007), no Recife.

Já no Distrito Federal, Nery da Fonseca tem sua assinatura também no acervo da biblioteca do Palácio da Alvorada.Pela Editora Massangana, da Casa, ele lançou os títulos “Um livro completa meio século” (1983), um ensaio sobre o maior clássico freyriano, e “Em torno de Gilberto Freyre” (2007), publicado 20 anos após a morte do mestre de Apipucos. Ao todo, dedicou 135 ensaios à obra de Gilberto Freyre.

Programação

17h — Concerto da Orquestra Sinfônica dos Meninos de São Caetano, no Mosteiro de São Bento

18h — Exposição “As 7 vidas de Edson Nery da Fonseca” + Recital da escritora Geórgia Alves

Serviço

Homenagem “As 7 vidas de Edson Nery da Fonseca”

Quando: Começa às 17h; Homenagem ocorre às 18h

Onde: Ateliê Arte Machê Café – R. de São Bento, 90 – Varadouro, Olinda
Episódios sobre Edson Nery no Youtube da Fundaj

Fonte:Portal Folha de Pernambuco