“Às vezes, se confunde o que é contrabando e descaminho. Contrabando é quando a venda da mercadoria é proibida no Brasil e as pessoas a trazem para ser comercializada clandestinamente. Já o descaminho é quando a mercadoria, como é o caso desses aparelhos celulares, tem a venda permitida no Brasil, porém eles não recolheram o imposto devido”, disse Giovani Santoro, chefe de comunicação da PF em Pernambuco.

Os investigados são suspeitos do crime de descaminho, quando há prática da sonegação de impostos. Caso sejam condenados, podem pegar penas que variam de um a quatro anos de reclusão.

Ainda segundo a Polícia Federal, as investigações tiveram início em dezembro de 2017 a partir de denúncias anônimas que apontaram perfis suspeitos em redes sociais.

Os celulares eram comercializados com preços inferiores aos praticados no mercado. Havia também um ponto físico para as vendas, localizado em uma sala comercial em Olinda.

“Manzana é o nome em espanhol que quer dizer maçã. E todos esses aparelhos celulares que eram comercializados, em via de regra, eram da marca famosa que tem como símbolo a maçã, por isso colocamos esse nome na operação”, afirmou Santoro.

Ao todo, a operação contou com a atuação de cerca de 20 policiais federais, além de servidores da Receita Federal, divididos em quatro equipes.