Pesquisa: Moro vence no segundo turno e sobe para 40% quem acha Bolsonaro ‘ruim ou péssimo’

Bolsonaro x Moro - Renato Aroeira - Brasil 247Marlla Sabino Estadão  / Charge do Aroeira (site 247)

A parcela da população que reprova o governo de Jair Bolsonaro aumentou pela primeira vez desde março de 2020, segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira (18) pela XP Investimentos em parceria com o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe).

O levantamento de janeiro aponta que subiu de 35% para 40% a fatia que considera a gestão como ‘ruim ou péssima’. O porcentual é semelhante ao do início da pandemia do novo coronavírus no País, em abril de 2020.

AVALIAÇÃO NEGATIVA – Já a parcela que avalia a administração do governo como ‘ótima ou boa’ caiu de 38% para 32%. É a primeira vez desde julho em que a avaliação negativa supera a positiva. De acordo com a pesquisa da XP Investimentos, o movimento coincide com uma piora na percepção da atuação do presidente para enfrentar a covid-19. São 52% os que consideram ‘ruim ou péssima’, 4 pontos percentuais a mais que em dezembro de 2020.

A pesquisa também aponta que 50% dos entrevistados defendem que o governo recrie um benefício semelhante ao auxílio emergencial por mais alguns meses. Contudo, apenas 27% dizem acreditar que o governo tomará essa decisão.

O benefício foi adotado pelo governo federal ao longo de 2020 para mitigar os efeitos econômicos causados pela pandemia. Bolsonaro, no entanto, vem descartando uma nova rodada de pagamentos.

IMUNIZAÇÃO – Questionados sobre a disposição de tomar uma vacina contra o coronavírus, 69% dizem que com certeza irão se imunizar. Entre os eleitores declarados que votaram em Bolsonaro nas últimas eleições, 58% afirmaram que irão se vacinar com certeza, enquanto 78% dos demais eleitores afirmaram tal intenção.

Os dados apontam que Bolsonaro segue à frente na disputa presidencial de 2022, tanto na pesquisa espontânea como na estimulada, quando são mencionados nomes dos candidatos. O presidente atinge 28% das intenções de voto, à frente de Sergio Moro, seu ex-ministro da Justiça e Segurança (12%), Ciro Gomes (11%) e Fernando Haddad (11%).

Já na pesquisa espontânea, quando não há apresentação de candidatos, Bolsonaro se mantém na liderança com 22% – abaixo do registrado em dezembro, quando tinha 24% das intenções de voto.

PERDE PARA MORO – A pesquisa de janeiro indica que Bolsonaro perderia para Moro no segundo turno, que bateria o atual presidente por 36% a 33%. No último levantamento, os dados apontavam que o presidente derrotaria seu ex-ministro. Bolsonaro, no entanto, ganha numericamente de todos os outros cenários de segundo turno em que é testado.

Foram realizadas 1.000 entrevistas com abrangência nacional, no período de 11 a 14 de janeiro. A margem de erro é de 3,2 pontos porcentuais.