Ministro defende reformas econômicas como resposta aos impactos da crise do coronavírus
Por Gabriel Shinohara
– A equipe econômica é capaz, experiente, segura e está absolutamente tranquila quanto a nossa capacidade de enfrentar a crise, mas precisamos das reformas. Brasil pode ser realmente um país que transformou a crise em reaceleração do crescimento, geração de empregos em um mundo que está em sérios problemas – disse.
Nos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro reafirmou lealdade ao ministro, afirmando que: “Na questão econômica, confiança acima de tudo”.
Nesta segunda-feira, os mercados globais vivem mais um dia de nervosismo, após uma guerra de preços entre Arábia Saudita e Rússia ter derrubado a cotação do petróleo em até 30. A disputa entre Moscou e Riad pode demorar, sinalizou a Rússia ao declarar ser capaz de suportar os preços baixos por até uma década, preparando o terreno para uma batalha prolongada com os árabes.
Nos Estados Unidos, o Dow Jones, principal índice da Bolsa de Nova York, fechou em queda de 7,79%
Após cair mais de 10%, a B3, a bolsa brasileira, entrou em ‘circuit breaker’ e negociações foram interrompidas. No fechamento, a Bolsa caiu 12,17%, maior baixa diária desde 1998. O dólar comercial subiu 2,03% a R$ 4,728, novo recorde histórico
Ao chegar ao Palácio do Planalto, opresidente em exercício Hamilton Mourãoafirmou que a nas bolsas mundiais são naturais devido aos impactos na produção causados pelo novo coronavírus e que a queda nos preços do petróleo é “transitória”.
Segundo Guedes, a proposta da reforma administrativa, que ainda está sendo analisada pelo governo, pode ser enviada esta semana ao Congresso. Ele também citou a reforma tributária e as Propostas de Emenda à Constituição (PEC) emergencial, do pacto federativo e dos fundos.
Como já fez em outras ocasiões, o ministro disse que enquanto a economia mundial está desacelerando, o Brasil está em um processo de reaceleração.
– O mundo todo está em desaceleração econômica aí veio o coronavírus, acelerou a queda. O coronavírus está só sendo a gota d’água. Já o Brasil está ao contrário. O Brasil está em plena reaceleração, o mundo descendo e o Brasil começando a subir, aí veio o coronavírus, isso agudiza a crise. Temos que manter a absoluta serenidade. A melhor respostas à crise são as reformas.
O ministro defendeu que, agora, o Brasil tem um modelo de juros mais baixos e câmbio mais alto.
– Um repórter falou que o modelo é 4×4, tração nas quatro rodas. O juro que era 15%, caiu para 4% e o câmbio que era R$ 1,80 subiu para R$ 4,00. Era o modelo 4×4, eu achei até divertido e a ideia era essa – disse.
Guedes ressaltou que o câmbio é flutuante e que o juros agora são de “equilíbrio”:
– A ideia era a seguinte: um país com juros mais baixos, juros de equilíbrio e câmbio de equilíbrio um pouco mais alto, só que o câmbio é flutuante. Tem coronavírus, tem crise, a reforma não está andando, ele sobe, a reforma está andando ele desce, o câmbio vai flutuar.
Sobre a queda no preço do petróleo, o ministro afirmou que quando o preço aumentou no passado, houve reclamações e questionou o que seria falado neste momento de redução.
– Quando o preço de petróleo subiu, todo mundo ‘greve dos caminhoneiros, terrível, inflação vai voltar”. Quando o preço caiu, todo mundo vai falar o que agora? O que nós vamos falar agora? – questionou.