Autores nordestinos são homenageados no 21º Festival Recife do Teatro Nacional

Imagem da peça 'Mar de fitas nau de ilusão"

Imagem da peça ‘Mar de fitas nau de ilusão”Foto: Divulgação/ Ira Bispo

Em celebração à arte nordestina, a 21° edição do Festival Recife do Teatro Nacional terá inicio neste sábado (16). O evento será promovido em vários teatros da capital pernambucana e segue até o dia 24 deste mês. Na programação estão espetáculos nacionais e locais inéditos.

Na abertura do festival, a companhia carioca Os Ciclomáticos apresenta “Ariano – O Cavaleiro Sertanejo”, espetáculo que remonta um clássico da literatura nordestina de Ariano Suassuna.

Como de costume, o evento dará espaço para vários gêneros, do humor ao infantil. Os textos, que retratam elementos da cultura nordestina, foram elaborados tanto no Nordeste quanto em outras regiões do Brasil.

Para esta 21ª edição, foram escolhidas para representar a produção cênica local as montagens: “Apenas o Fim do Mundo”, do Magiluth; “Opá, uma Missão”, com a atriz Lívia Falcão; “Cartas”, do Coletivo Caverna; “Pá(Ideia)”, solo de Junior Aguiar; “A Trilogia do Feminicídio”, do Criativo Soluções; e “O Açogueiro”, com Alexandre Guimarães.

Os interessados podem adquirir os ingressos nas bilheterias dos teatros por por R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia entrada).

Confira a programação completa do evento:

(16 e 17) Ariano – O cavaleiro sertanejo: Teatro Luiz Mendonça, às 20h

É uma viagem nas vivências populares tão presentes na obra de Ariano Suassuna, tais como: o cancioneiro, o sertanejo, o repente, o forró, o movimento armorial, o mamulengo, prestando assim uma homenagem à cultura popular nordestina.

(17) Opá, uma missão: Teatro Hermilo Borba Filho, às 18h

O monólogo interpretado por Lívia Falcão traz à cena a Palhaça Zanoia, uma benzedeira antiga, que recebeu de suas antepassadas a missão de rir de si mesma nas “sete direções”.

(19) Mar de fitas nau de ilusão: Teatro Luiz Mendonça, às 20h
O espetáculo usa conto, canto e dança para apresentar a trajetória estética e histórica do Grupo até os dias atuais, evocando mestres, dramaturgos, personagens, diretores, brincantes e todo mundo que contribuiu com os quarenta e dois anos de existência do grupo.

(20) A peleja de Leandro na trilha do cordel: Teatro Luiz Mendonça, às 20h
O espetáculo mistura ficção e realidade para narrar a vida de um dos inventores da literatura de cordel, o poeta paraibano Leandro Gomes de Barros.

(20) Cartas: Teatro Hermilo Borba Filho, às 19h

Unindo correspondências trocadas entre dois intelectuais brasileiros, Hermilo Borba Filho e Osman Lins, no período de 1965 a 1976, a peça retrata a tessitura poética e imagética do livro “Guerra sem Testemunhas”, assim como referências a outras obras de Osman Lins.

(21) Pá(ideia) – Pedagogia da libertação: Teatro Hermilo Borba Filho, às 19h
A obra retrata a prisão e o interrogatório do mais notório educador de todos os tempos no Brasil, unindo os temas da educação e das filosofias pedagógicas vivenciadas na Pedagogia da Libertação criada pelo educador Paulo Freire.

(22) Apenas o fim do mundo:Teatro Luiz Mendonça, às 20h
A mais recente criação do Grupo Magiluth apresenta um homem, ausente há bastante tempo, que retorna à casa da família para dar a notícia de sua morte próxima. O reencontro se dá em um domingo, ou ainda, ao longo de quase um ano inteiro.

(22) Trilogia do feminicídio: Teatro Barreto Júnior, às 20h
Constituído por três peças, “Coisas que acontecem no Quintal”, “Triz” e “Aparecida”, o espetáculo é baseado em histórias reais de violências contra a mulher, denunciando o feminicídio e as diversas formas de violência que vitimam mulheres de diferentes contextos sociais cotidianamente.

(23) Senhor ventilador: Teatro Barreto Júnior, às 16h30
A peça infantil conta, somente com gestos, uma história sobre amizade, envelhecimento, apego e sobre o que pode e o que não pode ser descartado, num espetáculo poético e divertido.

(23) O açougueiro: Teatro Hermilo Borba Filho, às 19h
O Açougueiro é uma história de amor no Sertão nordestino, mostrando o lado sombrio dos sentimentos humanos. Trata-se de um monólogo recifense que aborda temas como discriminação de gênero, intolerância e feminicídio, através de nove personagens interpretados pelo ator Alexandre Guimarães.

(23 e 24) Auto da Compadecida: Teatro Santa Isabel, às 20h
O espetáculo narra as aventuras picarescas de João Grilo e Chicó, que começam com o enterro e o testamento do cachorro do padeiro, acabando em uma epopeia milagrosa no Sertão, envolvendo o clero, o cangaço, Jesus, Maria e o Diabo.

(24) Ordinários: Teatro Luiz Mendonça, às 20h
Em algum lugar, três soldados formam um pelotão improvável. Diante da angústia da espera, esmeram-se em treinamentos, até finalmente receberem uma missão. Quanto mais avançam pelo território inimigo, ficam evidentes os segredos que um esconde do outro e o quanto são inadequados para o mundo da guerra.

Imagem da peça 'Mar de fitas nau de ilusão"

Imagem da peça ‘Mar de fitas nau de ilusão”

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