Mais vexame! A OCDE e organismos internacionais vão colocar o Brasil na “lista negra”

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Ilustração reproduzida do Arquivo Google

Carlos Newton

Em seu delírio de grandeza, os ministros “garantistas” proibiram a prisão após segunda instância não apenas para assegurar a impunidade dos criminosos de colarinho branco e mão emporcalhadas, mas também para mostrar que ninguém manda no Supremo, o superpoder que estaria imune a pressões. Foi uma resposta direta ao Alto Comando do Exército, que visitou em bloco o ex-comandante Eduardo Villas Bôas logo após ele ter advertido que o STF não deveria provocar esse retrocesso jurídico no Brasil. No dia em que o general postou essa mensagem no Twitter, imediatamente os ministros Dias Toffoli correram ao Planalto, fora da agenda, para consultar o presidente Jair Bolsonaro, que os tranquilizou, dizendo que o Exército respeitaria a decisão que o Supremo tomasse, como ocorre numa democracia, poderiam ficar tranqulos.

Sem medo de ser feliz, o Supremo então cometeu a barbaridade de tornar o Brasil o único país do mundo a preservar a impunidade dos criminosos de elite, não importa a gravidade dos crimes cometidos. E os ministros “garantistas”, de nariz empinado, foram comemorar na noite de Brasília o dever cumprido, embora mão fosse dever algum e isso significasse a desmoralização do Brasil no cenário internacional.

FORTE REAÇÃO – O resultado desse retrocesso institucional já começa a ser fazer sentir, com a chegada a Brasília de um grupo de trabalho da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), com a missão de avaliar possíveis riscos no combate a corrupção. E logo de início, a comitiva demonstrou preocupação com decisões como a tomada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que vetou o compartilhamento de dados fiscais e bancários entre órgãos de investigação sem prévia autorização judicial.

“Ainda vamos pensar no que fazer, mas a nossa reação vai ser forte”, disse Kos, em entrevista coletiva nesta quarta-feira, dia 13, após ter mantido várias reuniões, inclusive com Dias Toffoli. Na próxima semana, o plenário do Supremo decidirá se mantém ou não a decisão liminar de Toffoli, tomada em julho em um processo a pedido do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro. Se a decisão for mantida, segundo o presidente do grupo antissuborno da OCDE, o esloveno Drago Kos, “serão necessárias medidas mais fortes”.

LISTA NEGRA  – O fato concreto é que desde a aprovação da Lei do Abuso de Autoridade, as autoridades internacionais estão de olho nas mudanças judiciais no Brasil para inviabilizar a Lava Jato e garantir a impunidade dos corruptos. Não somente a OCDE, mas também os demais organismos internacionais que combatem a corrupção já se preparam para colocar o Brasil na lista negra. Esse é um dos maiores vexames que um país pode passar, no plano internacional.

Os abutres dos três Poderes julgaram que poderia fazer um pacto entre si, destruir a Lava Jato e transformar o Brasil num paraíso da impunidade, sem que nada nos acontecesse? Como são idiotas… Cansamos de avisar, aqui na TI, que haveria graves problemas internacionais e logo chegaria aqui a missão da OCDE, e até adiantamos que a comitiva seria chefiada pelo esloveno Drago Kos, mas os ministros do Supremo, o núcleo duro do Planalto e a cúpula do Congresso fingiram que nada iria acontecer. E a gente constata que não é por mera coincidência que a nova geração de brasileiros esteja abandonando o país para viver no exterior. Eles têm vergonha de serem brasileiros, e há fortes motivos para que pensem assim, porque a geração que está no poder aqui no Brasil é um fracasso completo, totalmente dominada pela corrupção.

Um comentário sobre “Mais vexame! A OCDE e organismos internacionais vão colocar o Brasil na “lista negra”

  1. Gostei esse blog. o material é extremamente ideal. Vou regressar mais uma vez.

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