Impeachment é agenda mínima para enfrentarmos crise

 

Por Antônio Campos

Estarei como cidadão participando das manifestações pró-impeachment no próximo domingo, 17 de abril. Anteriormente, me posicionei nesse sentido, por diversas vezes, desde dezembro de 2015.

A melhor alternativa para o Brasil, nesse momento, é fazer um governo de transição, sem Dilma. O novo governo poderá articular um governo de coalisão nacional e fazer uma agenda mínima para vencermos a crise. É o que é possível, agora. O julgamento do TSE, ante o rito processual, certamente só se concluirá em 2017. O Brasil não aguenta esperar esse prazo ante a gravidade da crise política e econômica.

Aprendi com o meu avô, Miguel Arraes, que quando o cerco ou a situação for difícil, vá para perto e ouça o povo, que é a grande força motriz desse país.

O que está acontecendo com o Brasil, o meu irmão Eduardo Campos já anunciava quando candidato à presidência, resistindo contra tudo isso e buscando uma alternativa para evitar essa grave crise, que tem um viés político fundamental. Estava ao lado dele nessa luta. Tivemos muitas dificuldades, ameaças, mas nunca perdemos a fé, a coragem e a esperança no Brasil, próprios de quem combate o bom combate.

Resistimos. Após sua prematura morte, fui um dos primeiros a defender a candidatura de Marina Silva, naquele momento, para o enfrentamento contra as forças que atualmente governam o Brasil e que nos levaram a uma grave crise.

Apoiei no 2º turno a candidatura de enfrentamento a Dilma. Naquela ocasião, Dilma mentiu sobre a real situação do Brasil. Contudo, não é só necessário o impeachment de Dilma, mas criar uma agenda mínima nacional, que una os brasileiros para enfrentar essa grave crise, dando um rumo ao país.

Os brasileiros, sejam estudantes, empresários, artistas, trabalhadores, não podem se esquivar de participar da vida nacional nesse momento de grave crise com consequências na vida de todos nós. A mobilização dos brasileiros em ir às ruas no próximo domingo é fundamental para assegurar o impeachment e que as mudanças necessárias realmente aconteçam, sendo o povo o protagonista de sua história.

Nunca desistiremos do Brasil.

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