Juristas fazem ato pró-impeachment no Congresso

Do G1

Juristas de todo o país e políticos da oposição realizaram, hoje, o ato “Juristas pró-impeachment”, na Câmara dos Deputados. O objetivo do evento, segundo os participantes, é argumentar que houve crime de responsabilidade cometido pela presidente Dilma Rousseff e que o pedido de impeachment tem base legal.

No início do ato, juristas e políticos fizeram uma caminhada pelo salão verde da Casa. Depois, seguiram pala o plenário, onde discursaram.

Entre os juristas, estavam presentes os ex-ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Eduardo Alckmin e Marcelo Ribeiro, o conselheiro federal da OAB e procurador estadual de Pernambuco Pedro Henrique Reinaldo, além do vice-presidente do Instituto dos Advogados do Paraná, Hélio Gomes Coelho Júnior.

Entre os parlamentares da oposição, estavam o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), e o líder no DEM na Casa, Pauderney Avelino (AM).

No evento, Aécio Neves disse que a debandada de vários partidos da base do governo demonstra que “não é mais possível” para Dilma continuar no poder.

“Vários daqueles que a acompanharam até agora estão percebendo que não é mais possível manter este governo. Não seria possível afastá-la apenas pelos seus baixos níveis de popularidade. Mas, quando o crime é cometido – e cometido sempre com a sensação da impunidade, que foi, ao meu ver, ao longo dos últimos anos – permeou as ações deste governo”.

Para o deputado Pauderney Avelino, o evento também é uma resposta para o que ele chamou de tentativa do governo e de seus aliados de criminalizar o processo de impeachment. “Professores de direito, ex-ministros do STF estão mostrando que o processo é legítimo, legal e nenhum golpe está sendo dado. Aliás, tudo está sendo seguido dentro da lei, do regimento da Câmara”, disse.

Oposição tem 361 votos pró-impeachment

Gabriel Garcia

De Brasília

Os partidos de oposição da Câmara voltaram à mesa de reuniões para contabilizar os votos do impeachment da presidente Dilma Rousseff. De acordo com os dados apurados, são 361 deputados favoráveis ao impedimento, 128 contrários e 24 indecisos. O encontro foi realizado nesta quinta-feira (14), na liderança do PSDB.

Tentando não perder o otimismo, o governo divulga a aliados ter os votos necessários para barrar o impeachment, mas o Palácio do Planalto tem números que mostram vantagem para a oposição.

Numa forma de conter o desânimo da militância, o governo já trabalha intensificou o trabalho no Senado Federal, onde acredita que conseguirá maioria para barrar o impeachment.

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