Lava Jato: a mensagem da advogada que sumiu

Advogada Beatriz Catta Preta

Advogada Beatriz Catta Preta(Evaristo Sa/AFP)

Após renunciar misteriosamente à defesa de réus do petrolão, a criminalista Beatriz Catta Preta, advogada especialista em colaboração premiada, publicou uma mensagem no perfil do seu escritório no Facebook nesta sexta-feira. Trata-se de uma citação de John Rawls, um dos expoentes da filosofia política americana, autor do livro Uma Teoria da Justiça. “Cada pessoa possui uma inviolabilidade fundada na Justiça que nem o bem-estar da sociedade como um todo pode sobrepor. Portanto, numa sociedade justa os direitos assegurados pela Justiça não estão sujeitos à barganha política ou ao cálculo dos interesses sociais”, diz o texto. Beatriz Catta Preta ainda não justificou publicamente a renúncia. Ela é alvo de requerimentos da CPI da Petrobras para depor em Brasília (DF). O autor, deputado Celso Pansera (PMDB-RJ), quer apurar se a advogada foi paga com recursos ilícitos pelos réus. Um dos clientes de Beatriz, o consultor Julio Camargo, afirmou que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), cobrou 5 milhões de dólares em propina. Cunha é aliado de Celso Pansera.

 

(Felipe Frazão, de São Paulo)

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