Bienal da Caricatura

Dois séculos de charges e cartuns estão em exposição no Rio e em outras cidades brasileiras. A 1ª Bienal Internacional da Caricatura, evento inédito, surge com a pretensão de ser um dos maiores do gênero em todo o mundo. A bienal terá ao todo 40 programações, entre mostras – cerca de 30 – debates e lançamentos de livros, até 30 de março de 2014.

Idealizada pelo caricaturista e historiador Luciano Magno (pseudônimo de Lucio Muruci), autor do livro História da Caricatura Brasileira, a bienal tem o apoio do Centro Cultural Justiça Federal (CCJF), do Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) e de outras instituições culturais do país. As primeiras seis exposições foram abertas no CCJF e uma delas revive a obra de Manoel de Araújo Porto-Alegre (1806-1879), o patrono da caricatura no Brasil.

“A bienal é um desdobramento natural do meu trabalho de historiador”, disse A Agência Brasil Luciano Magno, que há 27 anos dedica-se à pesquisa da trajetória da caricatura no Brasil. Seu livro, lançado no ano passado, recebeu vários prêmios, entre eles o da Associação dos Cartunistas do Brasil. “A minha preocupação foi reunir o histórico e o contemporâneo nas mostras da bienal”, informou.

No MNBA, outras mostras homenagearão o pintor Di Cavalcanti, que também foi caricaturista, J. Carlos e Calixto Cordeiro. Desenhistas de humor histórico, como Appe e Carlos Estevão, também estão sendo lembrados na bienal, que nesta primeira edição presta ainda uma homenagem internacional, ao norte-americano Mort Walker, criador do Recruta Zero e do museu da caricatura dos Estados Unidos.

O Museu da República, no bairro do Catete, expõe a partir de sexta-feira (29), as caricaturas de Jorge Guidacci, um dos mais combativos desenhistas de humor dos anos 1970. Amazonense, Guidacci veio para o Rio com 15 anos de idade, estudou pintura e gravura na Escola Nacional de Belas Artes e foi professor de desenho na Universidade de Brasília (UnB). Começou a atividade de chargista em O Pasquim e colaborou com vários jornais e revistas, entre eles Jornal do Commercio, O Globo, Última Hora, Status e Mad.

A série de encontros também vai homenagear o caricaturista Henfil (1944-1988), com a presença de seu filho Ivan de Souza, e o cartunista Lan.

A mostra no Museu da República (Rua do Catete, 153) fica em cartaz até 20 de fevereiro de 2014 e pode ser visitada, com entrada grátis, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. No CCJF (Avenida Rio Branco, 241), as exposições podem ser vistas até 12 de janeiro, de terça-feira a domingo, das 12h às 19h.

Fora do Rio de Janeiro, a 1ª Bienal Internacional de Caricatura terá exposições, debates e lançamentos de livros em São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, no Recife, em João Pessoa, Fortaleza, Teresina e Belém. A programação completa está disponível no site:  www.bienaldacaricatura.com.br.

BNDES vai investir R$14 milhões em produções de audiovisual

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai investir R$ 14 milhões em 16 produções cinematográficas nacionais. Desde 1995, quando foi lançado, 384 filmes nacionais foram contemplados com R$ 159 milhões. De acordo com o edital, os recursos serão liberados para seis produções de ficção, seis documentários, duas animações e dois projetos de finalização.

A chefe do Departamento de Cultura, Entretenimento e Turismo do BNDES, Luciane Gorgulho, explicou a Agência Brasil que a categoria de ficção terá dois grupos. No primeiro, dois projetos voltados a produções com maior potencial de público receberão R$ 1,5 milhão cada. O segundo, destinado a projetos para reforçar o cinema nacional no Brasil e no exterior e as disputas de prêmios, contará com R$ 1 milhão por produção.

Para os documentários, o BNDES definiu R$ 500 mil para cada projeto. Já os de finalização receberão R$ 500 mil por produção. Os dois longas de animação também contarão com R$ 1,5 milhão cada um.

Luciane Gorgulho lembrou que entre as produções já contempladas pelo banco, várias tiveram carreira de sucesso. Uma delas é Uma História de Amor e Fúria que está disputando uma indicação ao Oscar 2013 com 18 filmes da Categoria Animação. O longa dirigido por Luiz Bolognesi recebeu R$ 450 mil no edital BNDES de Cinema 2009.

As inscrições ficarão abertas até o dia 31 de janeiro de 2014 e os interessados terão que indicar, no momento da inscrição, o tipo de projeto a que pretende concorrer. As produções precisam ter protocoladas os pedidos na Agência Nacional do Cinema (Ancine), sem ser necessária, no entanto, a aprovação final do Sistema de Acompanhamento das Leis de Incentivo a Cultura (Salic). Os concorrentes da Categoria Ficção do Grupo 1 e os de finalização, terão que apresentar contrato de distribuição já assinado. Cada produtora poderá apresentar até três propostas.

Fusão entre homem e animal é tema da mostra no Rio

A relação entre homem e animal é tema da mostra Criaturas Imaginárias, aberta no Museu Casa do Pontal, no Rio de Janeiro. Por meio de 18 peças do artista pernambucano Manoel Galdino (1929-1996), a exposição dialoga com leituras da cultura popular e contemporânea para fusão entre seres humanos e animais, frequente na cultura brasileira.

Dentre as 23 peças da exposição, 18 são de Galdino e integram o acervo do museu. As demais são obras de Angelo Venosa, Cristina Salgado e Eliane Duarte, que estavam sob guarda do Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC), parceiro da mostra na Casa do Pontal. O artista contemporâneo Zé Carlos Garcia também cedeu uma peça de seu próprio acervo para a mostra.

A mostra segue aberta ao público até o dia 30 de março, de terça-feira a domingo, entre as 9h30 e as 17h.  Os ingressos custam R$ 4, a inteira, e R$ 2, a meia. O Museu Casa do Pontal fica na Estrada do Pontal, 3.295, no Recreio, zona oeste do Rio.

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