Pinturas italianas do período entre guerras são expostas em São Paulo

As 71 pinturas italianas adquiridas por Francisco Matarazzo Sobrinho, o Ciccillo Matarazzo, e sua esposa Yolanda Penteado, entre os anos de 1946 e 1947, para compor o antigo Museu de Arte Moderna (MAM) paulista, estão apresentadas em uma exposição no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP). A mostra Classicismo, Realismo, Vanguarda: Pintura Italiana no entre Guerras ficará em cartaz até o final do ano

Segundo a Agência Brasil, além das 71 pinturas, a exposição apresenta dez obras de artistas brasileiros que mantinham relação com o ambiente artístico italiano entre guerras. A curadoria da exposição é de Ana Gonçalves Magalhães, do MAC-USP. “A exposição é o primeiro resultado de uma pesquisa acadêmica que venho desenvolvendo no acervo do MAC-USP desde 2008 com o núcleo inicial da coleção modernista do museu herdado do antigo MAM. A pesquisa enfoca, sobretudo, as coleções de Ciccillo Matarazzo e Yolanda Penteado”, disse.

A exposição mostra um panorama da arte moderna italiana entre os anos de 1920 e 1946, período no qual predominava a arte figurativa e a baseada no realismo. Segundo Ana, a arte moderna na Itália entre guerras caracterizou um fenômeno conhecido na história da arte como “retorno à ordem”. “O retorno à ordem significava, grosso modo, o abandono dessa prática e desse uso da linguagem vanguardista da arte – no caso o cubismo e o futurismo – e a retomada de uma pintura figurativa de caráter realista.

A arte moderna italiana desse período acabou sendo promovida pelo regime fascista por meio da constituição de um sistema de arte, envolvendo galeristas, exposições, instituições e coleções privadas. “Muitas obras são procedentes de coleções privadas italianas que estiveram em exposições oficiais durante o fascismo. A partir da segunda metade da década de 1930, havia na Itália apoio à formação de coleções de arte moderna italiana em um espírito que, eu diria, parecer um modernismo mais convencional. Tem obras da nossa coleção que vem desse universo e que refletem a política pública italiana da segunda metade dos anos 1930 e que estava presente em mostras que o regime promoveu”, disse a curadora. Mas essa promoção pelo regime fascista, acrescentou Ana, não significa dizer que as obras sejam políticas. “Não significa que você tem, no conjunto uma representação explícita da política fascista. Pelo contrário: tem representações que são muito abstratas e distantes dessa ideia”, ressaltou.

Um sopro de vida

 A primeira tradução para o inglês (feita por Johnny Lorenz) de “Um Sopro de Vida (A Breath of Life)”, último romance de Clarice Lispector, é finalista do Prêmio de Melhor Livro Traduzido nos Estados Unidos, na categoria Ficção. O anúncio dos dez finalistas, escolhidos entre os 25 nomeados, foi feito pelo Centro de Investigação Literária que criou a premiação, o Three Percent, da Universidade de Rochester, no estado de Nova Iorque.

De acordo com a Agência Brasil, o Prêmio de Melhor Livro Traduzido nos Estados Unidos é atribuído anualmente ao melhor livro traduzido para o inglês, publicado no mercado norte-americano, considerando a qualidade da obra e da tradução. Segundo a organização, a premiação é “uma oportunidade para honrar e distinguir tradutores, editores e outros agentes literários que ajudam a disponibilizar a literatura de outras culturas aos leitores americanos”.

A cerimônia de entrega dos prêmios ocorrerá em Nova Iorque no dia 4 de junho. O autor e o tradutor das obras premiadas nas categorias de Ficção e Poesia receberão um prêmio de US$ 5 mil dólares (cerca de 3.800 euros) cada, atribuído pela Amazon.

Clarice Lispector decidiu ser escritora em 1933, aos 13 anos. Em 1942, publicou sua primeira obra, “Perto do Coração Selvagem”. Ela escreveu 36 livros, entre os quais “A Paixão Segundo G.H”, “A Vida Íntima de Laura”, “A Mulher que Matou os Peixes”, “Laços de Família” e “A Maçã no Escuro”.

“Um Sopro de Vida” foi editado nos Estados Unidos em 2012 pela New Directions. A escritora brasileira morreu em 1977 aos 57 anos.

Moedas e barras de ouro das épocas colonial e imperial do Brasil estão em exposição no Rio

Uma exposição inédita exibe pela primeira vez ao público peças raras de uma valiosa coleção de numismática que fazem parte da história do Brasil colonial e imperial. A mostra BES Numismática e o Brasil, aberta no Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro, reúne 150 moedas e barras de ouro, selecionadas entre os 13 mil itens do acervo do Banco Espírito Santo, uma das mais importantes instituições financeiras portuguesas. A exposição é um dos eventos do calendário do Ano de Portugal no Brasil, que será celebrado até junho.

Nem mesmo em Portugal, onde a coleção está depositada, as raridades agora expostas na Casa do Trem, uma das edificações históricas do MHN, foram mostradas ao público. As moedas e barras de ouro retratam três séculos de história luso-brasileira, desde o reinado de dom João IV (1640-1656) até o de dom Pedro II, imperador do Brasil (1831-1889). Foram selecionadas entre as cerca de 2 mil peças de ouro do Brasil que intregram a coleção portuguesa.

A própria coleção de numismática do Museu Histórico Nacional está alocada na Casa do Trem. Considerada a maior do gênero na América Latina e uma das mais importantes do mundo, compreende mais de 146 mil peças, entre moedas, valores impressos, medalhas, ordens honoríficas e filatelia.

A exposição BES Numismática e o Brasil fica em cartaz até 20 de junho e pode ser vista de terça a sexta-feira, das 10h às 17h30, e sábados, domingos e feriados, das 14h às 18h. Os ingressos custam R$ 8, mas aos domingos a entrada é grátis. O museu oferece várias isenções de pagamento e as  informações sobre essas gratuidades estão disponíveis no site www.museuhistoriconacional.com.br .

O Museu Histórico Nacional fica na Praça Marechal Âncora, no centro do Rio.

fonte:DR

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