PSOL avalia os 100 primeiros dias da gestão de Geraldo

“Completam-se os primeiros cem dias da gestão do prefeito Geraldo Júlio (PSB) à frente da Prefeitura do Recife. Se por um lado este período é insuficiente para se fazer um balanço de resultados concretos em relação a políticas e ações que só se desenvolvem com um lapso de tempo maior, por outro são nestes primeiros dias que a gestão ajusta seu leme e estabelece conceitos que nortearão o conjunto de suas ações e obras.

Neste sentido, a gestão atual da PCR já disse a que veio. É uma gestão integrada à lógica desenvolvimentista predatória já experimentada pelo governo estadual e também ao tempo eleitoral das pretensões de poder do governador Eduardo Campos, padrinho político do prefeito.
A transformação de Recife numa vitrine de aparências a ser mostrada como mais um feito do governador está na pauta desta gestão, o que é ruim para nossa cidade, pois o tempo eleitoral do governador não coincide com o tempo da democracia e da participação popular, necessárias ainda mais numa cidade como Recife. Democracia e participação popular são ao mesmo tempo patrimônio público e obra cultural a ser zelada e robustecida por governos que se pretendam realmente democráticos.

A marca central destes primeiros cem dias é que o prefeito e sua gestão não tem tempo para a democracia e mesmo para o respeito às legalidades que protegem nosso conceito de República e de Estado Democrático de Direito. Os professores tiveram direito líquido e certo cassado, o direito à aula-atividade previsto na Lei do Piso do Magistério, de forma arbitrária e antidemocrática. A única escola municipal de artes da Rede Municipal, a João Pernambuco, na Várzea, passa por um processo de fechamento de forma subterrânea e sorrateira.
Projetos antipopulares e questionados pela população são encaminhados sumariamente, como o Projeto Novo Recife, com advogados da Prefeitura fazendo as vezes da defesa de interesses privados. Prepara-se projeto de privatização da saúde, nos moldes vistos no governo estadual, sem nem se pensar em dialogar com a sociedade civil minimamente organizada.
Ambulantes e camelôs são retirados sumariamente de seus locais de trabalho, sem negociação, sem destinação certa, num claro processo de higienização social, pois que esta mesma gestão é tolerante e conivente com ocupações irregulares patrocinadas por agentes poderosos e endinheirados.
PSOL Recife”

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