“Completam-se os primeiros cem dias da gestão do prefeito Geraldo Júlio (PSB) à frente da Prefeitura do Recife. Se por um lado este período é insuficiente para se fazer um balanço de resultados concretos em relação a políticas e ações que só se desenvolvem com um lapso de tempo maior, por outro são nestes primeiros dias que a gestão ajusta seu leme e estabelece conceitos que nortearão o conjunto de suas ações e obras.
Neste sentido, a gestão atual da PCR já disse a que veio. É uma gestão integrada à lógica desenvolvimentista predatória já experimentada pelo governo estadual e também ao tempo eleitoral das pretensões de poder do governador Eduardo Campos, padrinho político do prefeito. A marca central destes primeiros cem dias é que o prefeito e sua gestão não tem tempo para a democracia e mesmo para o respeito às legalidades que protegem nosso conceito de República e de Estado Democrático de Direito. Os professores tiveram direito líquido e certo cassado, o direito à aula-atividade previsto na Lei do Piso do Magistério, de forma arbitrária e antidemocrática. A única escola municipal de artes da Rede Municipal, a João Pernambuco, na Várzea, passa por um processo de fechamento de forma subterrânea e sorrateira. |