ENTRE O CÉU E A TERRA

                                         

Muitos conhecimentos difundidos pelo espiritismo já eram conhecidos antes da codificação de Allan Kardec, iniciada em 1857. Noções de reencarnação, imortalidade do espírito, poder do pensamento, tudo isso já era conhecido por alguns estudiosos privilegiados. Mas misturados com muita superstição.

Mas há um conceito inovador trazido pelo espiritismo. É o fato de que tudo o que há no mundo material é apenas cópia do que existe no mundo dos espíritos. Tudo começa no astral, somente depois é que vem pra cá. É assim com as invenções, com a tecnologia, com as grandes ideias. Todos os grandes movimentos políticos ou religiosos, todas as mudanças culturais, toda inovação nos costumes, tudo é antes planejado pela espiritualidade.

Trago essa reflexão pra abordar um tema muito comentado hoje em dia no meio espírita. A transição planetária. Muitos espíritos estão tendo sua última oportunidade de adaptação ao nosso planeta. Os que não conseguiram se ajustar à Terra estão sendo exilados em outros planetas. Para esses espíritos, o outro planeta será o mesmo que uma prisão.

Essa informação pode parecer estranha, por isso fiz questão de lembrar que a vida material na Terra imita o mundo dos espíritos. Se você acha estranho um espírito ser exilado num planeta distante, é porque pode parecer fantasiosa a existência de prisões no espaço. Mas só seria estranho se essa ideia fosse copiada da Terra. O que ocorre é o contrário; tudo na Terra é apenas um reflexo do que existe no mundo espiritual. Se há prisões aqui, é uma ideia copiada de lá.

A verdade é que a Terra se aproxima de dias melhores, há muito tempo esperados. Se compararmos com tempos atrás, já estamos muito melhores. Claro que não é essa a visão que a televisão passa. Televisão vive de vender tragédias e baixaria. Nós ainda temos algo de mórbido que se deixa atrair por desgraças e más notícias.

Ainda estamos longe do ideal, mas já é possível notar que nos encaminhamos para um mundo de menos preconceitos, menos injustiças, menos ódio; mais aceitação, mais compreensão, mais boa vontade. Perfeito não vai ficar; você sabe disso. A Terra está deixando de ser um planeta de expiações e provas para se tornar um planeta de regeneração. A dor vai continuar sendo uma das principais ferramentas de aprendizado.

Talvez seja mais animador se analisarmos como era a Terra quando chegamos aqui. Você e eu provavelmente chegamos à Terra antes do início da civilização. Nós fomos os responsáveis pela civilização, por tudo o que se fez, por tudo o que se construiu, por tudo o que se descobriu neste planeta. Estamos aqui há milênios. A cada reencarnação damos um passo na nossa escalada evolutiva, e a Terra nos abriga nesse processo.

Tudo o que há na Terra foi feito por nós. Levamos milênios para chegar aonde chegamos. Tudo indica que viemos pra cá como medida de reajuste. Alguns preferem dizer punição. Esse mesmo reajuste é o que irão enfrentar os espíritos que serão exilados. Terão que recomeçar do zero num planeta inóspito. Do mesmo jeito que era a Terra quando viemos pra cá.

Imagine ter que descobrir o fogo de novo? Inventar a roda, a agricultura, as ferramentas, tudo de novo? Talvez você não dê o devido valor às torneiras da sua casa. Basta girar um pouco a mão para que saia água limpa e potável. Você já parou pra pensar quanto tempo foi necessário para chegarmos a esse ponto? Talvez você não perceba o quanto é cômodo apertar um botão, à noite, e ter luz dentro da sua casa. Quantos milênios foram precisos para que isso acontecesse? Estou citando apenas as comodidades mais básicas, que grande parte da população tem à sua disposição.

Quem for exilado terá que começar tudo de novo. Ao mesmo tempo em que serão punidos por suas faltas na Terra, servirão de instrumento de progresso para esses mundos e seus habitantes, muito mais atrasados do que os da nossa querida Terra. A vida por aqui ficará muito boa, e quando eu voltar na próxima encarnação muitos problemas que enfrentamos hoje não existirão mais; pertencerão ao passado. Espero encontrar você aqui, da próxima vez.

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