Em 16 de março de 1990, todas as cadernetas de poupança com mais de 50 mil cruzeiros foram confiscadas. A medida previa a redução da inflação
Quando Collor assumiu, a inflação brasileira estava perto de 2000% ao ano. Diante do cenário de hiperinflação, o presidente apostou na redução da quantidade de dinheiro em circulação no país, com o bloqueio de aplicações financeiras. O plano previa que com a diminuição de dinheiro girando na economia, as pessoas não teriam como comprar e, assim, os preços dos produtos cairiam. No dia 16 de março de 1990, todas as cadernetas de poupança com mais de 50 mil cruzeiros foram congeladas.
Na época o governo prometeu devolver o dinheiro confiscado 18 meses depois, em parcelas e com remuneração pré-fixada. Mas a medida foi ineficiente e não conseguiu acabar com a inflação. Nos meses seguintes ao bloqueio do dinheiro, o governo foi aos poucos afrouxando o aperto e abrindo exceções para alguns setores.
O confisco das poupanças causou grande indignação na população. O plano virou alvo de disputas judiciais. Alguns processos que reivindicam perdas com o reajuste de cadernetas de poupança durante planos econômicos aguardam decisão da justiça até hoje.
Fonte:
G1-Marcado pelo bloqueio da poupança, Plano Collor completa 20 anos