Collor congela poupanças com mais de 50 mil cruzeiros

Em 16 de março de 1990, todas as cadernetas de poupança com mais de 50 mil cruzeiros foram confiscadas. A medida previa a redução da inflação

Collor congela poupanças com mais de 50 mil cruzeiros
Fernando Collor de Mello e a então ministra da economia Zélia Cardoso de Mello confiscaram as poupanças em 1990 (Reprodução/Internet)
Após quase trinta anos sem eleições diretas para Presidente da República, os brasileiros puderam votar e escolher um candidato. Com um discurso que prometia a modernização do país, Fernando Collor de Melo conquistou a simpatia da população e foi eleito em 1989.

Quando Collor assumiu, a inflação brasileira estava perto de 2000% ao ano. Diante do cenário de hiperinflação, o presidente apostou na redução da quantidade de dinheiro em circulação no país, com o bloqueio de aplicações financeiras. O plano previa que com a diminuição de dinheiro girando na economia, as pessoas não teriam como comprar e, assim, os preços dos produtos cairiam. No dia 16 de março de 1990, todas as cadernetas de poupança com mais de 50 mil cruzeiros foram congeladas.

Na época o governo prometeu devolver o dinheiro confiscado 18 meses depois, em parcelas e com remuneração pré-fixada. Mas a medida foi ineficiente e não conseguiu acabar com a inflação. Nos meses seguintes ao bloqueio do dinheiro, o governo foi aos poucos afrouxando o aperto e abrindo exceções para alguns setores.

O confisco das poupanças causou grande indignação na população. O plano virou alvo de disputas judiciais. Alguns processos que reivindicam perdas com o reajuste de cadernetas de poupança durante planos econômicos aguardam decisão da justiça até hoje.

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