Jussara Soares
O Globo
O empenho que o candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB, João Doria, tem demonstrado pela candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) ao Planalto não foi o suficiente para conquistar o apoio explícito do presidenciável no segundo turno das eleições. Nesta sexta-feira, o ex-prefeito da capital paulista viajou até o Rio para um encontro com Bolsonaro, mas não foi recebido. A cúpula do PSL afirmou que o candidato do partido manterá a neutralidade nos estados, com exceção de Roraima, Rondônia e Santa Catarina, onde candidatos da legenda ainda seguem na disputa. No Rio, o candidato Wilson Witzel (PSC) nutria esperança de receber oficialmente o apoio de Bolsonaro.
MAL ESTAR – O encontro que selaria o voto “Bolsodoria”, que vinha sendo cogitado desde a pré-campanha, havia sido confirmado pela assessoria de imprensa do tucano pela manhã e causou mal-estar na equipe de Bolsonaro. A reunião foi articulada pela deputada federal eleita Joice Hasselmann e o deputado estadual eleito Frederico D’Ávila, ex-integrante do PSDB e do governo Geraldo Alckmin. Foram recebidos pelo economista Paulo Guedes, futuro ministro da Fazenda, e depois foram embora.
A tentativa de aproximação desagradou integrantes do PSL que se posicionam contra o tucano. Presidente do diretório paulista do PSL, o deputado federal e senador eleito Major Olímpio declarou, nesta semana, apoio ao governador Márcio França (PSB), que tenta a reeleição.