Não é só a série ‘House of cards’ que ajuda a explicar as negociações políticas no Congreso Nacional brasileiro. A crise vivida pelo país é, em parte, resultado de dramas e conflitos ocorridos há décadas e que moldaram a história nacional. O cinema brasileiro já retratou nas telas diferentes períodos e governos que fazem a ponte com esse momento em que o Brasil vive. O #focanovoto selecionou cinco filmes que pode ampliar ainda mais o seu conhecimento sobre a história da nossa política.
Getúlio (2014):
Os últimos dias da intimidade de Getúlio Vargas são contados neste filme dirigido por João Jardim. Isolado no Palácio do Catete, Vargas resiste enquanto seus opositores o acusam de ser o responsável pela tentativa de assassinato do jornalista, e futuro governador do estado da Guanabara, Carlos Lacerda.
Terra em transe (1967):
Um dos clássicos do Cinema Novo. O terceiro longa-metragem dirigido por Glauber Rocha se passa em um país imaginário chamado Eldorado, mas que não deixa de ter a cara do Brasil. Entre militantes, artistas e políticos populistas de esquerda e direita, o filme constrói uma provocadora alegoria política que causou polêmica no seu lançamento, em 1968.
O ano em que meus pais saíram de férias (2006):
Em plena ditadura militar, às vésperas da Copa do Mundo de 1970, os pais do pequeno Mauro, de 12 anos, são obrigados a fugir do país por serem militantes de esquerda. O jovem passa a morar com um vizinho, um senhor solitário. Dirigido por Cao Hamburguer, é um retrato sensível dos anos de chumbo pelo olhar de uma criança.
Tropa de elite 2 (2010):
Passado treze anos depois do primeiro filme, ‘Tropa de elite 2’ dá mais atenção ao que acontece nos níveis mais altos do poder. Não é, portanto, só a Polícia Militar que está na mira do diretor José Padilha. Esquemas escusos entre milicianos, criminosos e políticos do Rio de Janeiro são partes centrais da trama.
O candidato honesto 2 (2018):
Se a procura é por algo menos compromissado e divertido, a sequência de ‘O candidato honesto’, estrelada por Leandro Hassum, pode ser uma boa pedida. A comédia, atualmente em cartaz nos cinemas, se utiliza de sátiras e humor leve para retratar as dificuldades no exercício do mandato de um presidente da República.
Por Paulo Assad e Vitor Seta, estagiários sob supervisão de Daniel Biasetto
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