General Mourão bloqueia no Twitter coronel que ataca Bolsonaro e a preparação de golpe

Mourão é ironizado pelo coronel bloqueado no Twitter

Paulo Cappelli
Metrópoles

O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, bloqueou nesta sexta-feira (15/7) no Twitter o coronel do Exército Marcelo Pimentel. Crítico da adesão de militares ao bolsonarismo, o oficial da reserva disse nesta semana que a “ameaça de golpe” do governo Bolsonaro é motivo para deixar envergonhados os militares.

“A ameaça de golpe envergonha. Na verdade, é uma cortina de fumaça para desviar de outros problemas. Os que parecem entusiastas de golpe [em caso de derrota de Jair Bolsonaro] pertencem à turma de oficiais que se formou na AMAN na década de 1970, durante a ditadura. Quem comanda as tropas de fato, hoje, são os militares que se formaram na década de 1980, já no final do regime autoritário, que não são golpistas. Não há adesão das Forças Armadas para um golpe”, afirmou Pimentel.

GENERAIS GOLPISTAS – Segundo o coronel, que passou à reserva em 2018, o discurso bolsonarista de suposto golpe é alimentado por pelo menos quatro generais do entorno do presidente: Paulo Sérgio Nogueira, ministro da Defesa; Walter Braga Netto, provável vice de Bolsonaro; Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional; e Luiz Eduardo Ramos, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, que atualmente está auxiliando Bolsonaro na campanha.

Pimentel ironizou o fato de ter sido bloqueado no Twitter por Mourão, que está em pré-campanha, como candidato ao o Senado do Rio Grande do Sul pelo partido Republicanos:

“O general ‘democrata’ bloqueia” os militares democratas”, ironizou.