Guedes enfrenta Bolsonaro e não admite alterar a política de preços da Petrobras

TRIBUNA DA INTERNET

Charge do Dorinho (Arquivo Google)

Gustavo Zucchi
Metrópoles

Apesar do debate sobre a política de preços da Petrobras ter sido levantado pelo próprio presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), lideranças do Centrão avaliam não ter espaço para essa mudança no momento.

O motivo seria a resistência que o ministro da Economia, Paulo Guedes, oferece a qualquer possibilidade de desvincular os preços dos combustíveis da estatal dos praticados no mercado internacional.

REUNIÃO NA CÂMARA – O ministro já defendeu que quem tem de tratar de política de preços é a direção da petroleira. Em sua participação no Fórum Econômico de Davos, em maio deste ano, Guedes disse que é “o CEO e a diretoria” da Petrobras que “falam de política de preços”. E jamais mudou de opinião;

Inconformado com a situação, Lira convocou para esta segunda-feira (20/6) uma reunião dos líderes da Câmara para debater novas alternativas para conter os sucessivos aumentos nos preços da Petrobras.

Dentre as possibilidades sugeridas por Lira na última semana, estão a possibilidade de aumentar a taxação sobre os lucros da empresa, a instauração de uma CPI e um debate sobre a política de preços.

TAXAÇÃO DOS LUCROS – O próprio Bolsonaro defende a criação da CPI. No entanto, como mostrou a coluna, aliados do presidente Jair Bolsonaro querem convencê-lo a desistir dessa Comissão Parlamentar de Inquérito.

Por outro lado, líderes já pensam em possibilidades para realmente apresentar um projeto de taxação dos lucros da estatal.

Uma das sugestões que deve aparecer na reunião das lideranças da Câmara nesta segunda-feira é utilizar um projeto que está no Senado, sobre transparência dos preços, para modificar as alíquotas de impostos sobre a Petrobras.