Barroso prorroga inquérito sobre senador flagrado com dinheiro na cueca

Senador Chico Rodrigues é investigado por suposta fraude durante a pandemia em Roraima

Ministro Luís Roberto Barroso, do STF Foto: Nelson Jr./SCO/STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, prorrogou por mais 60 dias a investigação que mira os senadores Chico Rodrigues (União Brasil-RR) e Telmário Mota (PROS-RR). Os dois parlamentares são investigados por suposto envolvimento em fraudes e desvio de verbas destinadas ao combate da pandemia da Covid-19 em Roraima. As informações são do Estadão.

A decisão atende um pedido da Polícia Federal (PF), que argumentou que ainda há diligências pendentes no âmbito do inquérito, entre elas a renovação do interrogatório do senador Chico Rodrigues.

A investigação foi aberta em setembro de 2020, para apurar fraudes na aquisição de kits de testes rápidos para detecção da Covid-19 e em irregularidades no processo de compra de centrais de ar-condicionado para a maternidade de Rorainópolis. Em outubro do mesmo ano, a PF chegou abrir uma fase ostensiva das apurações. Na época, o Rodrigues escondeu R$ 33,1 mil na cueca durante uma abordagem.

Quando solicitou a abertura da chamada Operação Desvid-19, a PF disse que Rodrigues integraria um dos núcleos políticos do grupo criminoso que foram identificados ao longo das investigações. A corporação também detalhou suspeitas que recaem sobre o parlamentar, centradas na ligação de Chico com empresa Quantum, que teria fechado contrato com sobrepreço de R$ 956 mil com a Secretaria de Saúde de Roraima para o fornecimento de testes rápidos para diagnóstico do novo coronavírus.

Já o senador Telmário Mota é autor de emenda parlamentar com o objetivo da aquisição das centrais de ar condicionado.