O “Projeto de Nação”, desenvolvido por pensadores militares, coloca o país ao norte como centro de uma batalha pelo ouro
O “Projeto de Nação”, desenvolvido por um instituto ligado ao general da reserva Eduardo Villas-Bôas, prevê que a China terá forte presença na fronteira do Brasil com a Guiana, país ao norte de Roraima.
No documento de 93 páginas, publicado ontem por O Antagonista, os militares argumentam que, até final da década, nosso país será o centro de uma disputa entre China, Rússia e Estados Unidos por causa de ouro.
“A potência oriental adquiriu vastas áreas de mineração da Guiana e iniciou um processo acelerado de produção predatória para o meio ambiente, com vistas a atingir a liderança do mercado mundial, dominado pela Austrália“, afirmam os autores do texto. A situação no país causaria reflexos nos vizinhos Suriname, Venezuela e Brasil.
O mesmo documento prevê que a integração da Amazônia, um antigo objetivo dos militares, passa por “remover as restrições da legislação indígena e ambiental, que se conclua serem radicais, nas áreas atrativas do agronegócio e da mineração“.
No texto, os militares também indicam ser a favor do fim da gratuidade do SUS, previsto na Constituição, e da cobrança de mensalidades em universidades públicas. Esta última proposta irá a votação ainda hoje na CCJ da Câmara.