Sociedade brasileira é ‘machista, racista e preconceituosa’, diz Cármen Lúcia

Ministra do STF defendeu criação de movimento que amplie a representatividade feminina no poder.

Nelson Jr. | SCO | STF

Simpatizante assumida da candidatura de Luiza Trajano à Presidência da República, a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que as mulheres do país deveriam formar um movimento a fim de ampliar a representatividade feminina nos espaços de poder.

“Nós temos que nos colocar em movimento, não apenas olhar o movimento, para chegar a essa transformação da sociedade brasileira que continua sendo estruturalmente machista, racista, preconceituosa”, disse a magistrada durante um podcast institucional da própria Suprema Corte.

De acordo com ela, apesar de a maioria dos estudantes de Direito e de inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ser composta por mulheres, “na magistratura nós somos menos de 40%”.

Ainda conforme a ministra, apenas 7% das juízas são negras, mesmo com a população brasileira sendo majoritariamente negra. Além disso, também reclamou pelo fato de que, no Brasil, muitos tribunais e fóruns não têm nenhuma magistrada em suas composições.