STJ rejeita pedido para absolver acusado de matar Marielle

 

O ministro Rogerio Schietti, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), rejeitou, hoje, um pedido para absolver o policial militar reformado Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes em março de 2018. Lessa solicitou sua absolvição sumária ou que o caso fosse impedido de ser julgado pelo Tribunal do Júri. No recurso, disse que não há evidências de envolvimento nos assassinatos. As informações são do portal Poder 360.

De acordo com Schietti, no entanto, a decisão de 1ª Instância deu motivos suficientes para que a análise seja feita pelo Júri. Segundo o ministro, por exemplo, há indícios de que Lessa monitorava Marielle antes do dia do assassinato. O objetivo seria o de descobrir os locais em que a vereadora costumava frequentar. O processo está em sigilo, mas a decisão será divulgada pelo STJ nos próximos dias.

Lessa será julgado pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. O assassinato foi cometido em 14 de março de 2018, há exatos 4 anos, no bairro do Estácio. O carro em que estavam Marielle e Anderson foi atingido por 13 disparos. A vereadora foi seguida desde a Lapa, no centro do Rio, onde participava de um encontro político.

A decisão para submeter Lessa ao Tribunal do Júri foi proferida pela 4ª Vara Criminal do Rio de Janeiro em março de 2020. O policial militar reformado recorreu, mas o TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) manteve a decisão de 1ª Instância. O Tribunal do Júri é responsável por julgar crimes dolosos contra a vida, como assassinato. É composto por um juiz, que preside a análise, e por um grupo de pessoas comuns que ficam responsáveis por decidir se o acusado é inocente ou culpado.