Alexandro Martello
G1 — Brasília
A dívida pública federal em títulos – que inclui os débitos do governo no Brasil e no exterior – registrou aumento de 2,34% em novembro e atingiu R$ 5,498 trilhões, informou a Secretaria do Tesouro Nacional nesta quarta-feira (22). Em outubro, a dívida somava R$ 5,373 trilhões.
A dívida pública é a emitida pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal. Ou seja, são empréstimos feitos para pagar despesas que ficam acima da arrecadação com impostos e tributos.
DOIS MOTIVOS – De acordo com o Tesouro Nacional, a dívida aumentou em novembro por causa da emissão líquida (acima dos resgates) de R$ 84,64 bilhões em títulos da dívida pública. Além disso, também foi computada uma despesa com juros de R$ 41,09 bilhões no período.
Segundo o Tesouro, o mês de novembro foi marcado por volatilidade nos mercados internacionais, com resultados fortes das empresas e recuperação da economia norte-americana como destaques positivos.
“Entretanto, a nova onda de Covid-19 em regiões da Europa e a expectativa de aceleração do ritmo de redução dos estímulos monetários pelo FED [Banco Central dos EUA], diante de uma inflação persistente, acabaram fazendo com que as bolsas fechassem no negativo”, informou.
SEGUIRÁ SUBINDO – A expectativa do Tesouro Nacional é de que a dívida pública continue a crescer nos próximos meses e termine 2021 entre R$ 5,6 trilhões e R$ 5,9 trilhões.
Os números do Tesouro Nacional também revelam que os investidores estrangeiros compraram títulos públicos no mês passado. Por isso, a participação desse grupo na dívida pública interna avançou.
Em outubro, os não residentes no país detinham 10,46% da dívida total, o equivalente a R$ 533 bilhões, valor que subiu para R$ 550 bilhões, ou 10,52% do total, em novembro. Com isso, os estrangeiros seguem na quarta colocação de principais detentores da dívida pública interna, atrás de instituições financeiras (R$ 1,51 trilhão, ou 29,03% do total), fundos de investimento (R$ 1,24 trilhão, ou 23,82%) e fundos de previdência (R$ 1,16 trilhão ou 22,31%).