Há provas abundantes das rachadinhas de Alcolumbre, mas ele está confiante em escapar ileso

Charge do Son Salvador (Estado de Minas)

Vicente Limongi Netto

A “Veja” trouxe mais informações e detalhes minuciosos e irretocáveis das ações nada republicanas do capo das “rachadinhas” no Senado, o filósofo destrambelhado de beira de estrada Davi Alcolumbre. O bondoso e deselegante ex-presidente do Senado estuda convites para ensinar, em palestras, as manhas do aforismo escancarado que criou, em prosa e verso, para o Brasil: “Eu te ajudo e você me ajuda”.

Fofo Davi. Mesmo diante de fatos e denúncias apuradas pela revista, com contracheques e depoimentos das ex-funcionárias que eram obrigadas a entregar a maior parcela dos salários, o franciscano Alcolumbre blasfema jurando que o idealizador das “rachadinhas” era o chefe de gabinete dele, advogado Paulo Boudens.

Como nos filmes policiais, o calvo Boudens será o mordomo das insanas peraltices do guloso senador. A matéria da “Veja” finaliza, pesarosa, que Alcolumbre acabará como santo de pau oco da escabrosa história, deixando a fama de bandido, sozinho, para o ex-operoso auxiliar.  Realmente, a Polícia Legislativa já arquivou a investigação.

LOBISTA DO BEM – Valorizei meu precioso tempo e conhecimento, lendo o excelente e oportuno livro de Jack Corrêa, “Lobby Stories”, com ilustrações de Elitan David.  Texto bom, leve, agradável. Esclarecedor e divertido. Jack é respeitado profissional do ramo do relacionamento governamental. No Brasil e no exterior. Também craque na complicada arte de cultivar amigos.

A profissão de Jack é dura e fascinante. Requer perspicácia, charme, cultura, elegância pessoal e no trato, paciência, azeitado jogo de cintura e bastante conhecimento da alma humana. Para Fernando Sabino, Jack é o único mineiro nascido em Curitiba. A galeria de fotos de personalidades nacionais e internacionais, mostrando a trajetória profissional de Jack Corrêa vale pelo livro. Tem de tudo. Um zoo completo de seres humanos. Desde o Papa João Paulo Segundo, Roberto Carlos, Chico Anysio, passando por Lula, Collor, Pelé, FHC, Francelino Pereira (quando nasceu o dom de Jack para o lobby institucional), Bolsonaro, João Carlos Martins, Popó e Dilma.

ATLETICANO – Jack lançará o livro em outros Estados. Na agenda, Manaus, onde fez muitos amigos e colaborou, durante várias edições do belo espetáculo, pelo sucesso do Festival de Parintins, quando era graduado executivo da Coca Cola.

No momento que finalizava estas bem traçadas linhas, fui informado por fontes do Galo mineiro que o atleticano Jack já foi convocado para desfilar, no carro de bombeiros de Belo Horizonte, com jogadores do merecido campeão do brasileirão.

GRANDES ADVOGADOS – A coluna Eixo Capital (Correio Braziliense – 17/11) destaca, na notícia “Da OAB para a política”, os nomes ilustres e saudosos dos advogados Maurício Corrêa e Sigmaringa Seixas, além do atual governador Ibaneis Rocha. Gostaria, nessa linha, de recordar e salientar idêntica trajetória do advogado Bernardo Cabral.

Foi secretário-geral e presidente da OAB Nacional. Ingressou na politica como deputado estadual no Amazonas,  depois foi deputado federal e relator-geral da Constituinte, senador e ministro da Justiça. Cabral, 89 anos, há pouco foi homenageado pela OAB, em cerimônia virtual, com as participações do presidente do STF, ministro Luiz Fux e do ministro do STJ, Mauro Campbell.

Bernardo costuma afirmar que entre todos os cargos que ocupou, a função de advogado é a que lhe dar mais orgulho.

PROMESSAS — Exibindo a patetice habitual, o bisonho Cristovam Buarque repetiu, para Roberto D’Ávila, na Globonews, suas costumeiras lorotas.

Única parte boa da melancólica entrevista, foi as promessas de que não será mais candidato a nada (as urnas agradecem), e nunca mais escreverá (escreverá? Credo, foi mal) bolorentos artiguetes para jornais.