O desesperado sentimento da despedida, na poesia realista de Augusto Frederico Schmidt

Augusto Frederico Schmidt - A ausente - Tudo é Poema
Schmidt criava  um galo em seu apartamento no Rio

O empresário e poeta carioca Augusto Frederico Schmidt (1906-1965), no poema “Despedida”, aborda sentimentos guardados desde a infância e que nem todas as pessoas podem entender.

DESPEDIDA
Augusto Frederico Schmidt

Os que seguem os trens onde viajam moças muito doentes com os olhos chorando
Os que se lembram da terra perdida, acordados pelos apitos dos navios
Os que encontram a infância distante numa criança que brinca
Estes entenderão o desespero da minha despedida.
Porque este amor que vai viajar para a última estação da memória
Foi a infância distante, foi a pátria perdida, e a moça que não volta.