Relatório aponta vantagem de trans em esportes femininos

Estudo indica que a supressão da testosterona não garante igualdade fisiológica

Laurel Hubbard foi a primeira atleta abertamente trans a competir nas Olimpíadas Foto: EFE/Miguel Gutiérrez

Conhecida por defender que atletas transexuais não devem competir nos esportes femininos, devido às diferenças fisiológicas, a ex-jogadora de vôlei Ana Paula Henkel publicou em suas redes sociais um estudo que mostra a vantagem das atletas transexuais sobre as atletas nascidas mulheres.

Em seu post no Twitter, Henkel resume a conclusão da pesquisa realizada no Reino Unido.

– E para a surpresa de ninguém… “Relatório de um estudo no Reino Unido sobre a participação de transexuais no esporte determinou que os homens que se identificam como mulheres mantêm vantagens fisiológicas mesmo que suprimam os níveis de testosterona” – citou.

De acordo com o relatório, a redução da testosterona a níveis encontrados no corpo de mulheres biologicamente nascidas – um dos principais argumentos usados por atletas trans – não é suficiente para tornar a competição igualitária.

– Evidências de longo prazo indicam que homens têm diversas vantagens físicas em esportes se comparado a mulheres, e isto é reconhecido pela lei. A pesquisa em questão aponta que a supressão da testosterona não acaba com esta vantagem física sobre as mulheres e, portanto, não é garantia de uma competição justa e/ou segura – diz o documento.

O relatório ainda sugere que esta lacuna seja resolvido com a criação de uma categoria “universal” nos esportes, que abrigará atletas trans e que não se identificam com o gênero sob o qual nasceu.

A pesquisa foi feita ao longo dos últimos 18 meses, e levou em consideração dados obtidos com 175 organizações relacionadas ao tema, além de 300 ouvir cerca de 300 pessoas aptas a tratar do assunto.