Por José Carlos Werneck
O voto impresso, agora aguerridamente defendido pelo presidente Jair Bolsonaro, já foi o preferido por partidos políticos importantes como PSDB, DEM e PDT. A Justiça Eleitoral, PT e seus aliados nanicos sempre estiveram sozinhos na defesa incondicional do sistema 100% eletrônico até que a ideia da defesa do voto impresso passasse a ser uma bandeira de Bolsonaro.
Antes, o espaço hoje ocupado pelo presidente da República em favor do voto impresso era dividido entre legendas como PSDB, DEM e até mesmo o PDT, desde o fundador Leonel Brizola.
HÁ CONTROVÉRSIAS – A guerra interna nessas agremiações é intensa porque uns querem defender os ideais partidários e outros ignorá-los completamente, só para ficar contra Jair Bolsonaro.
Carlos Lupi, presidente do PDT, sigla histórica fundada por um líder político da importância histórica de Leonel Brizola, que tinha sérias e bem fundamentadas reservas sobre a chamada urna eletrônica, fica embaraçado quando é perguntado sobre o apoio de seu partido ao voto eletrônico, porque Brizola, que tinha sido vítima de uma tentativa de fraude em sua primeira eleição para o governo do Estado do Rio de Janeiro, dizia sempre que “o eleitor tem direito ao papelzinho!”, numa alusão à necessidade da entrega, por parte da Justiça Eleitoral, de algum comprovante de votação aos eleitores.
RELEMBRANDO -Em 2015, o Congresso Nacional aprovou o voto impresso e passou por cima do veto de Dilma Rousseff com votação suficiente para abrir o processo de impeachment.
Quando o veto foi derrubado, o hoje governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do Democratas, afirmou enfaticamente, que o voto impresso era a “consolidação da democracia”.
Naquele tempo, Carlos Sampaio, líder do PSDB ,dizia que o sistema era inauditável e “não se enquadrava em qualquer modelo reconhecido em entidades internacionais”.