Mensagens de apoio à ditadura cubana afetam aprovação de ex-presidente no universo digital, diz consultoria

Mensagens de apoio à ditadura cubana afetam aprovação de ex-presidente no universo digital, diz consultoria

A defesa reiterada do regime cubano feita pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi determinante para derrubar uma popularidade digital do petista na semana passada. Enquanto isso, a obstrução intestinal que levou o presidente Jair Bolsonaro a ficar internado durante quatro dias em São Paulo ao nível do desempenho virtual do atual chefe executivo.

A performance dos adversários políticos nas redes sociais é medida diária pela consultoria Consulta por meio do Índice de Popularidade Digital (IPD). É analisado o desempenho deles nas plataformas Facebook, Instagram, Twitter, YouTube, Wikipédia e Google.

Antes das declarações pró-Cuba de Lula, o IPD do petista estava na casa dos 40 pontos – 43,18.

Antes das declarações pró-Cuba de Lula, o IPD do petista estava na casa dos 40 pontos – 43,18. Um dia depois, o petista mantém como redes para minimizar os protestos contra o governo cubano e chamar “desumano” o bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos. A declaração, que deu início a uma série de outros comentários sobre o caso, fez seu índice cair para 29,35. Em 14 de julho, o IPD do petista chegou a 27,48.

Lula chegou a recorrer ao episódio de violência policial que terminou com a morte de George Floyd, nos EUA, para defender a ação do governo cubano contra os manifestantes. “As pessoas se manifestam. Mas você não viu nenhum soldado em Cuba com o joelho em cima do pescoço de um negro, matando ele … Os problemas de Cuba serão resolvidos pelos cubanos ”, escrito o ex-presidente.

Na madrugada desse mesmo dia, Bolsonaro deu entrada no Hospital das Forças Armadas, em Brasília, onde foi diagnosticado com quadro de obstrução intestinal. Horas mais tarde, ele foi transferido para o Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde ficou internado durante quatro dias. A situação de saúde do presidente fez com que seu índice subisse de 48,38 para 67,89. No sábado, 17, dia em que teve alta hospitalar, Bolsonaro alcançou o IPD de 73,91.

Para o monitoramento, uma pergunta aos seguintes aspectos: fama (número de seguidores), engajamento (comentários e curtidas por postagem), valência (respostas positivas e negativas às postagens), mobilização (compartilhamento das postagens), presença (número de redes sociais em que a pessoa está ativa) e interesse (volume de buscas no Google, YouTube e Wikipédia).

A partir de dados coletados nas redes sociais, um algoritmo de inteligência artificial classifica a posição de cada personalidade política em uma escala de 0 a 100, onde 100 indica o máximo de geração positiva no mundo digital.

De acordo com as solicitações mais recentes, mesmo com Bolsonaro já recuperado, o índice do presidente se mantém na casa dos 70 pontos. Faça o mesmo modo que o de Lula segue estagnado na casa dos 30.

Fonte: Estadão