Inflação dos mais pobres acumula alta de 7,59% no acumulado de 12 meses até abril

Charge do Jota A (Portal O Dia/PI)

Rosana Hessel
Correio Braziliense

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação dos mais pobres, avançou 0,38% em abril e acumulou alta de 2,35% no ano e de 7,59% em 12 meses, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta terça-feira (11/05).

Em abril de 2020, o dado para o indicador usado na correção do salário mínimo ficou negativo em 0,23%, devido à retração da atividade econômica devido à pandemia da covid-19.

SÃO MAIS PENALIZADOS – O índice continua mostrando que os mais pobres continuam sendo os mais penalizados pela carestia do que os mais ricos.

O INPC mede o impacto do custo de vida nas famílias com renda mensal de até cinco salários mínimos, enquanto o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mede a inflação para as famílias com renda acima desse patamar.

Em abril, o IPCA, que mede a inflação oficial, avançou 0,31% em abril.  E, em 12 meses, a variação do IPCA também foi menor do que a do INPC, de 6,76%.

HOUVE DESACELERAÇÃO – De acordo com o IBGE, o dado de abril do INPC apresentou desaceleração de 0,48 ponto percentual na comparação com a alta de 0,86% de março.

Contudo, o salto de 7,59% nos últimos 12 meses até o mês passado, há uma aceleração sobre os 6,94% contabilizados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Os produtos alimentícios, que apresentam maior influência no IPCA, subiram 0,49% em abril, mostrando aceleração sobre a variação de 0,07% de março. Já os produtos não alimentícios apresentaram alta de 0,35% em abril, contra 1,11% em março.

SOBE E DESDE – Ainda segundo o IBGE, todas as áreas investigadas para o INPC apresentaram variação positiva no mês.

A menor variação do índice ocorreu em Brasília, de 0,11%, principalmente, por conta das quedas na gasolina (-1,47%) e nas frutas (-7,10%).

Já a maior taxa mensal ocorreu ocorreu em Rio Branco, de 1,06%, devido às altas na gasolina (1,95%) e nos produtos farmacêuticos (4,66%).