Um levantamento realizado pelo advogado Fernando Filipe e divulgado pelo site Senso Incomum em 2018 mostrou que o Datafolha e o Ibope, os dois maiores institutos de pesquisas eleitorais do Brasil, erraram a favor da esquerda em todas as eleições presidenciais desde 2002.

O erro mais emblemático e que mais repercutiu foi em relação à campanha eleitoral de 2018, em que o atual presidente Jair Bolsonaro enfrentou o petista Fernando Haddad.

Um dia antes da eleição, o Ibope e Datafolha apresentaram pesquisas eleitorais para presidente. O Ibope apontou que Bolsonaro teria 36% e Haddad 22% no primeiro turno. Já o Datafolha mostrou que Bolsonaro teria 40% e Haddad 25%. Ambos os institutos mostraram uma pulverização maior do que existia. Após a apuração dos votos, Bolsonaro teve 46,03%, Haddad 29,28% e Alckmin apenas 4,76% dos votos.

Em setembro de 2018, o Datafolha divulgou uma pesquisa afirmando que o então candidato Jair Bolsonaro não conseguiria vencer nenhum oponente no segundo turno. A simulação dizia que Haddad teria 45% e Bolsonaro 39%; Alckmin 45% e Bolsonaro 38%; Ciro 48% e Bolsonaro 38%. O resultado, como o tempo mostrou, foi muito diferente: Bolsonaro venceu o segundo turno com 55,13% dos votos válidos contra 44,87% de Fernando Haddad.

Apesar de não refletirem a realidade do que acontecerá no dia da votação, as pesquisas eleitorais influenciam os eleitores, que podem ou não mudar suas intenções de voto conforme quem aparece mais bem posicionado. Essa tem sido a tônica da eleição para prefeito do Recife em 2020, por influência dos veículos de comunicação e dos próprios candidatos que enfatizam os resultados que lhes são mais favoráveis.