Ano 2022 já começou. Por José Adalbertovsky Ribeiro

comentarista Por José Adalbertovsky Ribeiro – Jornalista e escritor

MONTANHAS DA JAQUEIRA – O tempo voa e o ano 2022 já começou. A ambição pelo poder atropelou o tempo. O capitão já está em campanha para a reeleição. Aliás, sempre esteve em campanha, desde quando tomou posse no cargo.

O ano 2022 começou antes de 2020 ter acabado. Este ano já dura uma eternidade e ninguém sabe quando vai acabar. O Natal e o Réveillon estão suspensos no ar.

A reeleição cavalga a bordo do voucher-600, o 6centão. As oposições decretaram o terceiro turno, o quarto turno. Mais ainda haverá prorrogação e cobrança de pênaltis. Prá cima do pescoço e prá baixo do pescoço, inclusive na região dos países baixos, tudo é canela.

A delicadeza em pessoa, o capitão adora pisar na bola. Mais adora pronunciar palavras do baixo escalão, dos escalões punk, funk e fuck. E lança beijos para os bovinos da sua torcida. Quem é bovino não raciocina, apenas rumina. São as manadas de bovinos furta-cores e os zumbis da seita vermelha corrupta. Ambos são criaturas anencéfalas.

O voucher600 é passaporte para a reeleição. Na seita corrupta do cordão encarnado e no cordão furta-cores, este é o reinado das bolsas e dos bolsos furados. Os corruptos furam os bolsos de todos os brasileiros e os planos de saúde furam os bolsos da classe média.

O esquadrão Covidão dos prefeitos e governadores mamadores quer prorrogar o ano 2020 até a eternidade, ou até a última gota de recursos do governo federal. Se o vírus existe, todas as patifarias são permitidas, com respiradores, sem licitação e sem vaselina, do jeito que o diabo gosta.

Dá licença, Seu Vírus! Este ano haverá eleição municipal. Os candidatos bolsonaristas ainda não pontuam nas pesquisas. São apenas uma vírgula. A ideia é esquentar o nome de olho nas futuras eleições estaduais. Existem batalhões de candidatos a suplente de vereador.

Entidade intermediária entre o céu e a terra, os demiurgos que habitam as torres de marfim, eles apresentaram cartão vermelho e impediram o capitão de atuar nos lances do Covidão em que prefeitos e governadores fabricam estatísticas de óbitos para abocanhar os milhões de denários do governo. O time dos 11 demiurgos é onipotente e onipotente reina inconteste nesta República monarquista.

Maia é matador. Mata a medida provisória no peito, beija a pelota, dribla um, dribla dois, dá um banho de cuia. O capitão não vê  nem o azul das medidas provisórias enviadas ao Congresso.

No gramado paralelo os demiurgos e os potentados beijam-se e abraçam-se e confraternizam no objetivo de desmoralizar e destruir a operação LavaJato, que enfrentou a hecatombe de corrupção do Petrolão. O que fazer com os bilhões de denários roubados e recuperados? Devolver aos corruptos? Punir o juiz Sérgio Moro a pretexto de formalismo, mais que um escárnio, é surrealismo.

Petrolão de ontem e Covidão de hoje exibem os tentáculos das tenebrosas transações de todos os matizes ideológicos.