SECRETARIA DA SAÚDE EMITE O DOCUMENTO DA MORTE. Por  José  Nivaldo  Júnior

O jornal O PODER, no seu caderno MUNICÍPIOS, que circula na tarde desta terça, 07/04, traz matéria exclusiva e preocupante. As orientações da Secretaria da Saúde de Pernambuco sobre o manuseio dos cadáveres das vítimas do coronavírus é simplesmente apavorante.

Resultado de imagem para jose nivaldo junior   Por  José  Nivaldo  Júnior  – Publicitário,advogado,historiador, escritor e membro da Academia Pernambucana de Letras.   

Veja o texto na íntegra.

É Assustador.

Em mais um verdadeiro manual cheio de considerandos legais, que dificulta a leitura por pessoas leigas, a Secretaria de Saúde do Governo de Pernambuco emitiu documento visando disciplinar o manejo dos corpos das vítimas do coronavírus.

Dirigido para Unidades de Saúde, Serviços de Verificação de Óbitos, Institutos de Medicina Legal e Serviços Fúnebres, o protocolo é rico em detalhes e demonstra claramente como todos os setores envolvidos no campo de batalha devem se adequar aos tempos que vivemos.

Elaborado por uma equipe composta na maioria por técnicos da Prefeitura do Recife com participação de especialistas do Governo do Estado, o documento vai exigir muita aplicação dos profissionais envolvidos nas áreas mencionadas. São procedimentos minuciosamente descritos, complexos, cujo descumprimento pode ocasionar trágicas consequências.

ENTERROS

No último capítulo, dedicado aos enterros das vítimas do COVID-19 está estabelecido o máximo de 10 pessoas por evento. Todos deverão usar máscaras, manter entre si distância mínima de 2 metros e higienizar adequadamente as mãos na entrada e saída do recinto e evitar qualquer tipo de contato físico com quaisquer dos presentes.

A participação de crianças, idosos, grávidas e pessoas integrantes de outros grupos de risco também está vetada.

Os coveiros deverão usar máscaras cirúrgicas, protetor facial, avental descartável, luvas de procedimentos e bota impermeável de cano longo.

A indumentária lembra a proteção que os médicos usavam  na Idade Média durante as epidemias. A humanidade evoluiu muito mas avançou pouco.

A leitura do documento faz qualquer um cair na real: vai ser dura a travessia.