Pernambucana relata restrições e dificuldades que enfrenta no Irã com avanço do coronavírus

Desembargadora aposentada Margarida Cantarelli está na cidade de Isfahan, que ainda não tem casos da Convid-19

Desembargadora aposentada relata apreensão entre brasileiros / Foto: DivulgaçãoDesembargadora aposentada relata apreensão entre brasileiros   Foto: Divulgação

Presente em um dos países do mundo onde o coronavírus vem avançando de maneira mais veloz, a desembargadora aposentada, ex-presidente do Tribunal Regional Federal (TRF) e da Academia Pernambucana de Letras Margarida Cantarelli relata as dificuldades que vem encontrando para sair do país. Segundo ela, a empresa aérea que ela tinha passagem para ir a Istambul, na Turquia, suspendeu os voos. Assim, ela não pode deixar a cidade de Isfahan, que fica a 340 quilômetros da capital Teerã. Os últimos números registram 26 óbitos no Irã e 245 casos da Convid-19, nome da doença. No Brasil há um caso confirmado e 20 quadros suspeitos, sendo três em Pernambuco.

“Nós estamos no hotel e sem restrições. Estamos na cidade de Isfahan e aqui ainda não há notícia do surto de coronavírus. Então temos liberdade de locomoção. A dificuldade é sair do país. Os voos estão todos cancelados. Não temos perspectiva de retorno para Istambul”, disse Cantarelli, que está no Irã desde o dia 16 de fevereiro. Ela tinha a expectativa de terminar a viagem pelo país do Oriente Médio no dia 29, mas agora não sabe mais se conseguirá.

“Não há informação do que está ocorrendo. Há boatos de que a empresa voltaria a funcionar no dia 22 de março. A embaixada do Brasil tem a relação dos brasileiros que estão aqui. Muitos estão tentando viajar e estão um pouco angustiados”, afirma Margarida.

Apesar dos problemas para sair do Irã, ela ressalta que a cidade ainda não restringe a circulação de pessoas no momento. “Temos liberdade de sair. A cidade é belíssima. O que nos falta mesmo é informação”, declara.

O que é coronavírus (COVID-19)?

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (SARS-CoV-2) foi descoberto em 31 de dezembro de 2019 após casos registrados na China. Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.

A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

Como prevenir o coronavírus?

O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes.
  • Ficar em casa quando estiver doente.
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
  • Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).

Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.

Passo a passo para adequada lavagem das mãos, segundo a Anvisa:

1. Abrir a torneira e molhar as mãos, evitando encostar-se a pia;
2. Aplicar na palma da mão quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir todas as superfícies das mãos;
3. Ensaboar as palmas das mãos, friccionando-as entre si;
4. Esfregar a palma da mão direita contra a parte de trás da mão esquerda entrelaçando os dedos e vice-versa;
5. Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços entre os dedos;
6. Esfregar a parte de trás dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com movimento de vai-e-vem e vice-versa;
7. Esfregar o polegar direito, com o auxílio da palma da mão esquerda, utilizando-se movimento circular e vice-versa;
8. Friccionar as pontas dos dedos e unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita, fechada em concha, fazendo movimento circular e vice-versa;
9. Esfregar o punho esquerdo, com o auxílio da palma da mão direita, utilizando movimento circular e vice-versa;
10. Enxaguar as mãos, retirando os resíduos de sabonete. Evitar contato direto das mãos ensaboadas com a torneira;
11. Secar as mãos com papel toalha descartável, iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos. No caso de torneiras com contato manual para fechamento, sempre utilize papel toalha.

Confira o mapa de casos

JC Online

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