Ex-presidente da aliança Renault-Nissan fugiu do Japão onde cumpria pena de prisão domiciliar por acusações de crimes financeiros.
O Líbano recebeu um pedido de prisão da Interpol contra o ex-presidente da aliança Renault-Nissan Carlos Ghosn, o magnata do setor automotivo que fugiu do Japão para Beirute, anunciou o ministro da Justiça libanês nesta quinta-feira (2).
“O Ministério Público (…) recebeu um aviso vermelho da Interpol sobre o caso Carlos Ghosn”, disse Albert Sarhane, citado pela agência de notícias oficial ANI.
Alvo de quatro acusações de crimes financeiros e em prisão domiciliar sob fiança desde abril de 2019, Ghosn vivia com certa liberdade de movimento no Japão, mas sob condições estritas. O empresário teria conseguido escapar do país em um jatinho privado com a ajuda de uma empresa privada de segurança, segundo a Reuters.
Nesta quinta, a imprensa japonesa informou que o empresário tinha dois passaportes franceses, incluindo um que sempre levava em uma mala trancada. Ghosn, no entanto, não teria utilizado este segundo passaporte francês para entrar no Líbano, e sim um “meio ilegal”, de acordo com a emissora japonesa NHK.
Nascido no Brasil, ele também tem cidadania libanesa e francesa.
Fonte:G1