Líderes políticos ligados a Evo Morales são presos na Bolívia

(FILES) In this file photo taken on November 20, 2019 Bolivia’s ex-President Evo Morales delivers a press conference in Mexico City. – The United States on November 21, 2019 suggested that Bolivia’s former president Evo Morales should stay out in upcoming elections, which Washington said should be “free, fair and transparent.”Secretary of State Mike Pompeo promised US support for the transitional government, which took office after veteran leftist Morales quit amid an uproar over the conduct of October 20 elections. (Photo by PEDRO PARDO / AFP)

Na última quinta-feira (21), o vice-presidente do MAS (Movimento para o Socialismo), Gerardo García, foi detido no centro de La Paz sem que houvesse ordem de prisão contra ele. Na madrugada desta sexta (22), foi emitida ordem de prisão contra a ex-ministra da cultura Wilma Alanoca.

O ex-presidente da Bolívia Evo Morales denunciou na manhã deste sábado (23), por meio de publicações em uma rede social, que líderes políticos ligado ao MAS, legenda a que pertence, estão sendo perseguidos e presos injustamente.

A declaração foi feita um dia após o governo interino acionar o Ministério Público contra ele, acusando-o de terrorismo.

Gerardo García, considerado o segundo homem mais forte do MAS, estava com seu motorista em um carro oficial sem placa. Eles transportavam equipamentos de informática e caixas com documentos para a sede do partido.

De acordo com a polícia, o veículo pertence ao Ministério do Desenvolvimento Rural. García e o motorista foram detidos e estão presos por uso indevido de bens do Estado, enquanto aguardam decisão judicial.

Evo afirmou que a prisão de García foi realizada “sem provas nem argumentos jurídicos”.

O ex-presidente também classificou como injusta a ordem de prisão contra Wilma Alanoca, ex-ministra da Cultura durante seu governo.

O Ministério Público denunciou Alanoca por incitação à violência e posse de explosivos caseiros, encontrados em uma garagem do ministério. Quatro funcionários foram presos, e o sindicado alega que as bombas foram produzidas sob ordens da ex-ministra.

Na manhã de quinta, a secretária de Alanoca foi detida pela polícia para “fins investigativos”. A ex-ministra pediu asilo à embaixada do México, país onde Evo está asilado. O Ministério Público tenta impedir que a solicitação de Alancoa seja atendida.

De acordo com Juan Lanchipa, procurador-geral do Estado, um comunicado oficial sobre a investigação contra a ex-ministra foi emitido para a embaixada mexicana e todas as embaixadas onde ela poderia requisitar asilo.

O governo interino da Bolívia iniciou neste sábado negociações com a oposição, com o objetivo de encerrar a onda de protestos e violência que deixaram 32 mortos no último mês.

A Bolívia atravessa sua pior crise em 16 anos, após a oposição ter alegado fraude eleitoral na vitória de Evo nas eleições gerais de 20 de outubro. A OEA (Organização dos Estados Americanos) afirma ter encontrado irregularidades no processo.

O ex-presidente renunciou em 10 de novembro, pressionado por protestos populares e pelas Forças Armadas, o que gerou alegações de que Evo sofreu um golpe de estado.

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Fonte: Diário de Pernambuco

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