Maia recua: “2ª instância não é a única urgência do Brasil”

Presidente da Câmara não quer decisão precipitada do parlamento

Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia Foto: Agência Brasil/Fabio Rodrigues Pozzebom

Quatro dias depois da decisão do STF que derrubou a prisão após condenação em segunda instância, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), recuou sobre o assunto. Para ele, o tema “não é a única urgência do Brasil”.

– Qualquer resposta precipitada que o Parlamento der, vai ser o responsável por gerar mais instabilidade política. Não podemos de forma nenhuma achar que essa é a única urgência que o Brasil tem. É uma das. O trabalho da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) é melhorar o texto – disse Maia em entrevista o jornal O Estado de São Paulo.

O presidente da Câmara também classificou o discurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como “muito raivoso”. Ele defendeu Bolsonaro e disse que o presidente “não tem culpa dos problemas que o Lula vive”.

– Foi um discurso muito raivoso, ruim. Ele é um ex-presidente da República, o presidente Bolsonaro não tem culpa pelos problemas que o Lula vive. É um discurso já politizando eleitoralmente e é ruim. O que mais me impactou é quando ele fala que nós não temos que nos defender, citando o Chile, [dizendo] ‘temos de atacar’. O Brasil já tem muitos problemas para ouvir um discurso desses. Algumas pessoas ficaram preocupadas com a virulência do discurso e vão aguardar as próximas semanas. Como também são os primeiros dias, é aguardar e ver qual vai ser a ação dele nos próximos, para ver se vai ser em um caminho de inviabilizar, de atrapalhar o governo – afirmou.

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