O artista é reverenciado com uma mostra que reúne vários momentos das suas produções, com vernissage nesta quinta-feira (18), às 19h30, no Museu do Estado
Ao caminhar pelas 33 pinturas que fazem parte da exposição “Trajetória e Obra de um Artista Brasileiro”, é possível enxergar João Câmara Filho, um dos nossos maiores artistas plásticos, com dimensão nacional e mundial, em muitas das suas nuances. A mostra, que faz parte das ações comemorativas dos 15 anos do Museu Afro Brasil, oferece uma simbologia interessante, quase mística, uma vez que a última individual do artista na Capital pernambucana ocorreu em 2002, com a icônica série “Duas Cidades”. É uma coletânea dividida em duas etapas, sendo a primeira no Museu do Estado de Pernambuco, com vernissage nesta quinta-feira (18), às 19h30, em cartaz até o dia 24 de agosto, e a segunda no Museu Afro Brasil, em São Paulo, com abertura no dia 14 de setembro. Em comum, a curadoria de Emanoel Araujo.
Os mais de 50 anos de carreira de Câmara, hoje aos 75, revelam um artista incansável e, sobretudo, fiel às suas paixões e técnicas, o que, de alguma maneira, explica o seu sucesso em todo o mundo, com obras nos acervos mais prestigiados e coleções mais sofisticadas. “Exposições deste tipo, que reúnem obras de diversos períodos, são muito boas para o artista ter uma rememoração da sua produção. Você pode ter uma percepção mais lógica do que eu estou fazendo e praticando”, explicou, em entrevista a esta Folha de Pernambuco.
Por outro lado, admite a sua passividade quando se fala em montagem: “Eu acho exposição uma coisa muito chata de fazer, porque dá muito trabalho, meus quadros são grandes, pesados. Mas quando é feito por instituto assim é melhor”, conta, também lembrando dos apoios que tem a exposição – Ministério da Cidadania, Governo de SP, Governo de PE, Museu Afro Brasil, Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco, Museu do Estado de Pernambuco, Comexport, Copergás, Banco Safra e Colégio Bandeirantes. Cada um dos parceiros ganha espaço no belo catálogo da mostra, que discorre sobre o artista nas suas 300 páginas.