Há questões sem resposta que agravam ou atenuam as acusações a Flávio Bolsonaro

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Charge do Nani (nanihumor.com)

Catia Seabra e Italo Nogueira
Folha

Muitas questões ainda sem resposta na investigação do chamado caso do ex-assessor Fabricio Queiroz, que comandava o esquema de funcionários lotados no então deputado estadual Flávio Bolsonaro (ex-PSC), que hoje tem mandato de senador pelo PSL do Rio de Janeiro. A reportagem da Folha selecionou as principais questões que deixam dúvidas nos analistas:

Quem eram os assessores informais que Queiroz afirma ter remunerado com o salário de outros funcionários do gabinete de Flávio?

Por que o único assessor que prestou depoimento ao Ministério Público do Rio de Janeiro não confirmou esta versão de Queiroz?

Como Flávio poderia desconhecer essas atividades de um dos seus principais assessores por dez anos?

Se Flávio Bolsonaro possui apenas uma empresa, que foi aberta em seu nome, em 2015, como ele obteve R$ 4,2 milhões para comprar dois imóveis de 2012 a 2014?

Por qual motivo o então deputado federal Jair Bolsonaro emprestou dinheiro a alguém que costumava movimentar centenas de milhares de reais?

De que forma foi feito esse empréstimo pelo deputado federal Jair Bolsonaro e onde está o comprovante da transação?

Onde estão os comprovantes da venda e compra de carros alegadas por Queiroz?

Por que há divergência entre as datas do sinal descrita na escritura de permuta de imóveis com o atleta Fábio Guerra e as de depósito em espécie fracionado na conta de Flávio?

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INCONSISTÊNCIAS NO PEDIDO DO MP-RJ

Há três casos de pessoas sem vínculo político com Flávio Bolsonaro que foram alvo de quebra de sigilo. Elas estavam nomeadas no gabinete da liderança do PSL na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro quando o senador assumiu o cargo e, em seguida, as demitiu.

Ao comparar gastos com vencimentos de Fabrício Queiroz, o Ministério Público considera apenas salário da Assembleia e ignora remuneração que ele recebe da Polícia Militar.

Há erro na indicação do volume de saques feitos pelo então assessor Queiroz em dois dos três períodos apontados.

Promotoria atribui ao gabinete de Flávio uma servidora, que na verdade trabalhava na TV Alerj e acumulava cargo com outro emprego externo.

Ao falar sobre um negócio que envolve 12 salas comerciais, os promotores do Ministério Público do Rio escreveram que Flávio adquiriu os imóveis por mais de R$ 2,6 milhões, quando, na verdade, ele deteve apenas os direitos sobre os imóveis, que ainda não estavam quitados e continuaram sendo pagos em prestações por outra empresa que assumiu a dívida.

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