Eduardo Bolsonaro desafia militares e diz que críticas a eles nas redes serão mantidas

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Pelo jeito, o “chanceler informal” não entendeu que a crise é grave

Silvia Amorim
O Globo

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) considerou natural nesta segunda-feira a onda de ataques virtuais ao ministro da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Ele disse que quem não estiver “alinhado” ao presidente vai ser alvo de ataques nas redes sociais.

“Todos nós somos reflexo daquilo que falamos. Quem não estiver alinhado com Bolsonaro vai acabar tomando crítica das pessoas que apoiam Bolsonaro” — afirmou o deputado, após participar de um evento do setor supermercadista em São Paulo.

DEMISSÃO? – Eduardo Bolsonaro evitou comentar sobre a possibilidade de uma saída de Santos Cruz do governo. O ministro foi criticado neste final de semana pelas redes sociais ligadas a Olavo de Carvalho, guru do governo bolsonarista.

 

Santos Cruz passou cerca de uma hora na noite deste domingo reunido com Bolsonaro no Palácio da Alvorada. Segundo interlocutores, o ministro tomou a iniciativa de ir ao Palácio se explicar ao presidente após passar o dia sendo atacado nas redes.

“Não estou vendo isso não. Prefiro não falar desse assunto até que eu tenha noção do que esteja se passando”— disse Eduardo Bolsonaro quando perguntado se não haveria um movimento de parte do governo para forçar uma demissão do ministro.

AÇÃO COORDENADA – Na conversa com Bolsonaro, o ministro Santos Cruz teria argumentado que não se tratava de um ato espontâneo, mas era alvo de uma ação coordenada, com a participação dos filhos do presidente, o chefe da Secretaria de Comunicação, Fábio Wajngarten, e assessores ligados ao ideólogo de direita, Olavo de Carvalho.

E nesta segunda-feira o problema se agravou, com a entrada em cena do ex-comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, em defesa do ministro Santos Cruz.

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