Um bom desprezo. Por José Maurício de Barcellos

Por José Maurício de Barcellos* (foto)
Começo parafraseando um singular filósofo, ensaísta e escritor francês do século XVIII, meio discípulo de Baruch de Espinoza, para dizer que as pessoas não conseguem compreender a existência de outras que por elas não nutram o menor interesse e por isso mesmo adoecem de despeito. Uma parte da sociedade brasileira, justo aquela da qual a Nação Verde e Amarela quis e continua ávida por se livrar, não se conforma com o que lhe aconteceu de outubro de 2018 para esta parte e cada dia morre um pouco. Seu inconformismo não decorre somente do fato de que já perdeu ou ainda, inevitavelmente, vai perder em relação a tudo que, desonestamente, arrancava dos cofres públicos. Seu inconformismo e revolta decorrem da circunstância no sentido de que todo seu mau procedimento está sendo exposto a nu dia e noite, fazendo com que essa parte da sociedade brasileira não possa mais enganar ninguém, nem mesmo os muitos doentes que a idolatram e que se assemelham ao pequeno “avião do tráfico” que endeusa o dono da “boca de fumo”, a ponto de morrer por este.

Nestas mesmas situações outros povos certamente que teriam “passado o cerol” nesta gente, como fala de forma desabrida o homem comum. De Sarnei a Temer, com ênfase para os mais cínicos e embusteiros, que melhor do que ninguém o caro leitor bem identifica, muito deles talvez tivessem a sorte de Lenin, Stálin, de Hitler, e de Mao, por exemplo. Não espero tanto rigor de nossa gente religiosa, pacífica e tolerante, porém em contrapartida percebam o quanto somos capazes de relegar os ruins e os medíocres para o lixo da história.

É curiosa esta característica do povo brasileiro, que em si vai muito além do celebre “rei morto, rei posto” da cultura de muitos povos. Aqui não se matam os reis, mas quando em face da execrável herança que deixam ao sair de cena, viram “cousas” em curtíssimo tempo. Vejam em que estado se encontra agora o “Grande Corrupto dos Porões do Jaburu”, por exemplo. Olhem para a situação atual de seu grande assecla Moreira Franco. Vejam as tristes figuras em que se transformaram o “Ogro Encarcerado” (agora condenado em segunda instância), a “Anta Terrorista”, a “Múmia do Maranhão” e até o “Desmoralizado FHC”. É moda dizer no momento: “já deu”. A rigor todos deveriam fazer como os velhos e doentes elefantes e se retirarem para morrer longe. Todavia, penso que para isso não possuem nem um mínimo de dignidade. Je sais que ça va sans le dire mais je vais le dirai quand même, senão engasgo.

O projeto da Nova Previdência foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de Deputados e grandes polêmicas não suscitou, tanto que passou com 48 votos favoráveis e só 18 contra. Aliás, nenhuma polêmica séria se registrou a bem dizer, porque a inquestionável necessidade da reforma previdenciária restou clara e pacífica, como um resultado inelutável da malversação, do roubo e da destruição que os governos civis destes últimos 30 anos impuseram ao Brasil.

Realmente não foi difícil com esta Câmara, expurgada dos maiores bandidos e liberta do comando dos Renam Calheiros da vida (por lembrar o traste, por onde anda?), ao governo atual obter essa vitória que deixa a extrema imprensa desesperada mais uma vez. A propósito, gostaria de ver a cara da “jornadalha guerrilheira” da “Rede Goebells” – que pelo sobrenome não se perca chafurdando no ódio que nutre contra o Capitão – tendo que engolir a seco seu ridículo prognóstico em relação a Bolsonaro, mormente quanto ao seu propagado desprestígio e desinfluência junto ao legislativo.

Ainda quanto a este episódio é bom que não esqueçamos que a “petralhada” e os vagabundos das nanicas quadrilhas a ela vinculados deixaram claro fatos e circunstâncias incontestáveis: i) não tem força para enfrentar o governo Bolsonaro; ii) não têm gente qualificada para tanto, bastando que se compare o show do Professor Paulo Guedes e de sua equipe inteira com a desprezível, xucra, calhorda e única intervenção do tal filho do bandidaço Zé Dirceu, igualzinho ao da futura presidiária Glaise Hoffmann, da “Mer..” do Rosário, do tal de Molon, do “protege malfeitor” Freixo e de outros patifes de igual natureza; iii) que todos eles não têm mais o dinheiro que roubavam dos cofres públicos para promover seus inconfessáveis interesses contra a Nação Brasileira. A pífia atuação da escumalha esquerdista foi muito bem e perspicazmente definida pela combativa Procuradora do DF, Deputada Bia Kicis, vice-líder do governo e membro da CCJ da Câmara, quando proclamou em plenário: “a oposição faz barulho e o governo vota”. Uma elegante forma de chamar aqueles porcarias de despreparados, mal intencionados, burros e ordinários. Todos eles, não salva um, ou seja, nenhum dos filhotes de Dilma ou das viúvas de Lula.

Por conta do mal que nos trouxeram gosto muito de comparar os “Barões dos Conglomerados das Comunicações”, com os “Reis do Tráfico” e seus “penas de aluguel”, com os membros das suas respectivas quadrilhas. Tenho uma profunda ojeriza daquela gente porque a eles também atribuo o desastre que vitimou mais de 20 milhões de brasileiros, por conta das terríveis conivência e omissão que mantiveram com a esquerda delinquente e a direita chupim desta Nação, em troca de dinheiro público. Minha irresignação, bem como a dos homens de bem desta Terra de Santa Cruz, é no sentido de que, mesmo que se destruam os responsáveis diretos por nossa desgraça, será difícil (não impossível) enquadrar aqueles patifes.

Como são podres e venais os tais deformadores de opinião do “Sistema Goebells”. Registrem como odeiam e tramam contra o atual Governo da União. Tem “Posudo” metido a imortal pregando, covarde e sorrateiramente, a cizânia entre os membros da equipe de Bolsonaro todo dia, torcendo para o circo pegar fogo. Tem “Medíocre Sólama” buscando desesperado provar que Lula é um intelectual público – como diz o idiota do FHC – e o Capitão um despreparado. Tem um “Vero Nada” travestido de escritor de alguma fama que o socialismo o adoeceu e que se esborracha todo ao ver um milico pela frente. Tem um moleque sectário e faccioso que jamais poderá ser franco e verdadeiro como sugere o sobrenome por causa de sua torpe idolatria pelo “Ogro de Garanhuns”. Espancam sistematicamente o Capitão, porém só não ousam levantar o nariz para o Mestre Olavo de Carvalho que o apoia muito porque, de pronto, ele definiria suas “analfabetisses” e seus maus-caracteres caráter numa frase. Os maus têm tudo aquilo, mas os cidadãos honrados e patriotas têm as Redes Sociais. Há que se desancar a vindita daquela canalhada, todo dia e a qualquer hora. É um serviço que se presta ao Brasil.

O doído de tudo isto é que o legítimo e grandioso Movimento Revolucionário Popular de 2018 – MRP8 – tenha que estar sofrendo e vendo o povo sofrer atingido pela miséria e pela morte que o desemprego social-comunista lhe impôs, enquanto mais de cem dias do novo governo já se passaram com desperdício de um enorme esforço e de uma desnecessária energia somente porque não se deu imediata “voz de prisão” a todos aqueles vendilhões da Pátria. A esta altura não só a reforma da previdência, mas a constitucional, a fiscal, a tributária, a política e o completo expurgo no executivo, no legislativo e no judiciário, tudo já teria acontecido. Apenas no momento estaria a Nação esperando a vinda dos trilhões de dólares de investimento estrangeiro, de que nos fala o Professor Paulo Guedes.

Assim é triste ter que admitir que venceu a concepção de que haveria de se seguir o tortuoso e dificílimo caminho que o antigo establishment traçou e no qual os nossos desvalidos haveriam de esperar, esperar e esperar, enquanto os poderosos continuam a viver a tripa forra. Paciência. Segue o andor. Entretanto, diante da inevitabilidade deste cenário penso que podemos seguir em frente sem descurar do bom combate, ao qual aqui me referi, bem como responder àquela gente do eixo do mal com um profundo desprezo. Não há outra coisa a fazer, como um dia disse o jurista francês, filósofo, escritor e humanista Michel de Montaigne do Castelo de Montaigne na França, onde nasceu e faleceu: “Não há pior resposta que o desprezo”.

*Jose Mauricio de Barcellos ex Consultor Jurídico da CPRM-MME é advogado

Diário do Poder

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *