Vargas decreta o confisco de bens de imigrantes alemães, italianos e japoneses

Em 11 de março de 1942, Brasil declara guerra aos países do Eixo e confisca os bens de imigrantes italianos, japoneses e alemães

Vargas decreta o confisco de bens de imigrantes alemães, italianos e japoneses
Vargas e o presidente americano Franklin D. Roosevelt, em 1936 (Wikimedia)
Em 11 de março de 1942, o governo brasileiro confiscou seus bens por meio de um decreto presidencial. O gaúcho Getúlio Vargas chegou à presidência da República em 1930. A chamada Era Vargas durou 15 anos e pode ser dividida em três fases: o governo provisório de 1930 a 1934, o governo constitucional de 1934 a 1937 e o Estado Novo de 1937 a 1945. A Segunda Guerra Mundial coincidiu com este último período, com a invasão da Polônia pelas tropas alemães de Hitler junto ao exército soviético de Josef Stalin em 1939.

O governo brasileiro tinha um perfil político autoritário, próximo do fascismo, mas mantinha uma aliança com os Estados Unidos, do qual tomava empréstimos generosos, de modo que o posicionamento do país na guerra se mostrava, a princípio, completamente indefinido.

O Brasil decidiu se juntar aos países democráticos – EUA, França, Inglaterra – contra os países do chamado Eixo — a aliança militar entre Alemanha, Itália e Japão – depois do afundamento de navios brasileiros nas costas marítimas do Brasil por submarinos nazistas.

A agressão dos fascistas gerou protestos de rua e convenceu o governo a declarar guerra à Alemanha. Todos os cidadãos alemães, japoneses e italianos no Brasil passaram a ser considerados inimigos de guerra e possíveis espiões.

Câmara – DECRETO-LEI Nº 4.166, DE 11 DE MARÇO DE 1942

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