Ligação de João de Deus com vários ministros vira um problema para o Supremo

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Charge do André (Arquivo O Imparcial)

Virou uma espécie de batata quente, no Supremo Tribunal Federal, o pedido de habeas corpus para o líder religioso João de Deus, preso desde 16 de dezembro do ano passado, acusado de assediar grande número de mulheres que buscavam atendimento no centro espiritual de Abadiânia (GO).

Na semana passada, o ministro Gilmar Mendes alegou “motivo de foro íntimo” para recusar a relatoria do caso, pedindo que o habeas corpus fosse a sorteio de novo relator. Assim foi feito e o sistema indicou Luiz Fux. Este também recusou a relatoria, igualmente por “foro íntimo”.

SUSPEIÇÃO – Os dois ministros invocaram o parágrafo primeiro do artigo 145 do Código de Processo Civil: “Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas razões”. Nesta segunda-feira (dia 11) o habeas corpus será sorteado para outro relator na Corte.

Antes de enrolar-se com a polícia, João de Deus tinha uma relação estreita e respeitosa com alguns ministros do STF. Quando ainda integrava a Corte, Carlos Ayres Britto ia a Abadiânia com frequência. Levou para lá o amigo Joaquim Barbosa, na época atendido na esperança de tratamento de um problema que tinha nos quadris.

Na mesma época, Fux também passou a frequentar o centro, bem como Luís Roberto Barroso. O presidente do STF, Dias Toffoli, também já foi atendido por João de Deus uma vez, levado por colegas da Corte.

Deu no site Espaço Vital

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