Acabar com a contribuição sindical obrigatória é um grande êxito de Bolsonaro

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Ilustração reproduzida do Arquivo Google

Carlos Newton

A melhor notícia dos últimos tempos foi a decisão do governo de baixar medida provisória para impedir desconto em folha da contribuição sindical. É a verdadeira pá de cal para sepultar de vez a tentativa do PT e de Lula da Silva de  implantar no Brasil uma “República Sindicalista”, que quase chegou a se concretizar, ameaçando de forma direta a democracia brasileira.

A situação tornara-se inquietante, porque o Brasil se transformou no paraíso de sindicatos, federações, confederações e centrais, e quase todas essas 17 mil instituições eram ligadas e até subordinadas ao PT.

RECORDE MUNDIAL – A situação era surrealista, porque o número de sindicatos no Brasil era um estranho recorde mundial, sem haver nada de semelhante em nenhum outro país. Para se ter uma ideia, no Reino Unidos existem apenas 168 sindicatos, na Argentina, somente 91. As 17 mil instituições existentes no Brasil representavam cerca de 90% de todos os sindicatos do mundo.

E tudo isso era bancado diretamente pelos trabalhadores, através da cobrança da contribuição sindical obrigatória, equivalente a um dia de trabalho, descontada diretamente do contracheque, não havia como escapar da cobrança.

JEITINHO BRASILEIRO – No governo de Michel Temer, em meio à criminoso reforma trabalhista, o Congresso conseguiu aprovar a proibição do desconto obrigatório da contribuição sindical, mas foi mais uma lei que não pegou. Os sindicatos deram um jeitinho brasileiro e conseguiram continuar cobrando a contribuição equivalente a uma dia de trabalho por ano.

Malandramente, os sindicatos pararam de reclamar, para deixar tudo como antes, sem fazer alarde. Mas o governo federal estava de olho no golpe e acabou baixando a Medida Provisória que impede o prolongamento dessa farra do boi sindicalista.

SÓ POR BOLETO – Agora, a contribuição sindical só pode ser cobrada através de boleto bancário. Ou seja, o sindicato emite o boleto e envia para a casa do trabalhador, que só paga se achar conveniente.

Com isso, espera-se que mais de 15 mil instituições sindicais sejam fechadas no prazo de um ano. Se no final das contas sobreviveram apenas 200 sindicatos, já estará de bom tamanho. O resto não tem a menor razão de existir.

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